O Brasil busca o bicampeonato olímpico no futebol masculino neste sábado, a partir das 8h30 (de Brasília), diante da Espanha, no estádio Internacional de Yokohama. O País, que nunca tinha sido campeão olímpico até os Jogos do Rio-2016, agora está a 90 minutos do seu segundo título consecutivo. Mesmo sem a liberação de alguns dos seus principais jogadores, o Brasil chega forte à decisão e confia principalmente em dois pilares: a experiência de Daniel Alves e o talento de Richarlison.

Será a quinta final olímpica da seleção, sendo a terceira consecutiva brasileira. Em três oportunidades, o Brasil ficou com a prata: Los Angeles-1984 (contra a França), Seul-1988 (diante da União Soviética) e em Londres-2012 (contra o México). Já no Rio-2016, o Brasil conquistou o ouro após derrotar a Alemanha nos pênaltis, no Maracanã.

A seleção está invicta em Tóquio. São três vitórias (Alemanha, Arábia Saudita e Egito) e dois empates (Costa do Marfim e México), com oito gols marcados e três sofridos. A Espanha tem exatamente os mesmos números do Brasil.

O ponto de desequilíbrio a favor do Brasil pode ser Richarlison, que chega à decisão em frase. Em cinco partidas, o atacante anotou cinco gols e já igualou a marca de Ronaldo Fenômeno nos Jogos de Atlanta, em 1996. “Richarlison deu um peso ao ataque. É um jogador da seleção principal, mesmo sendo jovem, dá um nível de confiança e experiência muito grande, deixa nossa equipe mais potente na frente, com mais peso”, disse o técnico André Jardine.

O curioso é que, inicialmente, Richarlison não estava na lista de convocados do treinador, apesar de ter 24 anos, dentro da idade olímpica. O atleta só foi chamado porque o Flamengo não autorizou que Pedro participasse dos Jogos e depois que a Fifa recebeu um pedido de liberação especial de várias seleções e permitiu que a lista de 18 nomes fosse ampliada para 22 jogadores.

Quando foi convocado, Richarlison, inclusive, estava com a seleção principal disputando a Copa América. Ele, então, só se apresentou ao técnico André Jardine já na Sérvia, onde o time olímpico realizou parte da sua preparação para os Jogos. O atacante chegou com o moral elevado e ficou com a camisa 10.

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Outro trunfo da seleção em busca do ouro está nos pés do capitão Daniel Alves. O jogador é um dos três nomes acima de 24 anos chamados por Jardine – os outros dois são o goleiro Santos e o zagueiro Diego Carlos. Mesmo atuando na lateral direita, Daniel é um dos responsáveis por controlar o ritmo de jogo na ligação entre a defesa e o ataque.

“Vemos o Dani, mesmo com 38 anos, numa forma física impressionante. A maturidade que ele tem fala por si, decisões corretas, muito lúcido, realmente muito experiente”, elogiou Jardine.

Além de Daniel Alves e Richarlison, vale destacar o rendimento de Claudinho. Com boas atuações ao longo dos Jogos Olímpicos de Tóquio, o jogador passa, inclusive, a entrar no radar de Tite para a seleção principal. Tem chamado atenção a versatilidade do jogador do Red Bull Bragantino para desempenhar várias funções em campo, ora aparecendo no ataque ora ajudando na marcação.

“Acompanhei o Claudinho na Série B, mas ficava uma ponta de dúvida se o nível do campeonato era mais baixo ou se ele teria o nível que a gente imaginava. O Bragantino subiu para a Série A e ele se confirmou como grande protagonista numa condição que o coloca como uma realidade nossa, titular em todos jogos”, elogiou Jardine.


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