Em parceria com criadores, diretores e produtores nacionais, a Netflix anuncia suas 10 novas histórias brasileiras, entre séries, filmes, reality shows e documentários, a serem filmados até o fim do ano. Com projetos em alguns estágios de produção, as novidades trazem olhares inovadores sobre fatos reais, universos pouco explorados e gêneros inéditos, ampliando a variedade e a representatividade das narrativas brasileiras no audiovisual.
“Estamos produzindo histórias que só poderiam nascer aqui no país, por talentos brasileiros com um olhar ambicioso e sedento por novas maneiras de contar histórias”, afirma Elisabetta Zenatti, VP de Conteúdo da Netflix no Brasil.
“Cada produção carrega um diferencial — seja no tema, na abordagem ou no gênero — e faz parte do nosso compromisso contínuo com o mercado audiovisual brasileiro, principalmente em inovação e desenvolvimento. Essas dez novas histórias são um panorama diverso da produção nacional, com projetos que refletem a nossa potência criativa e a pluralidade da cultura brasileira”, completa.
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Entre os destaques está Emergência Radioativa, minissérie inspirada no maior acidente radiológico da história fora de uma usina nuclear, ocorrido em Goiânia, em 1987, com o Césio-137. Criada por Gustavo Lipsztein, dirigida por Fernando Coimbra e produzida pela Gullane, a trama acompanha a atuação de físicos e médicos na corrida contra o tempo para salvar milhares de vidas e a cidade.
“Emergência Radioativa resgata, por meio da ficção, um evento histórico quase esquecido no país, mas que diz muito sobre nós enquanto nação. A narrativa tem múltiplos pontos de vista e é liderada pelas vítimas, médicos e físicos, sendo que esses últimos são protagonistas incomuns na nossa dramaturgia. Também é raro termos uma série de gênero thriller que não se trata de policiais e bandidos, mas sim de pessoas comuns lidando com um evento extraordinário”, comenta Fernando.
Já Fúria, série criada por Igor Verde e Gustavo Bragança, dirigida por José Henrique Fonseca e produzida pela Zola Filmes, mergulha no universo do MMA para retratar a trajetória de um jovem lutador em busca da sua identidade. As cenas de luta são coreografadas por Peter Lee Thomas, profissional de reconhecimento internacional, e exigiram intensa preparação física, ensaios e oficinas para garantir autenticidade ao retrato das artes marciais.
Há também um novo doc-reality Meu Namorado Coreano, que é mais um formato original nacional da Netflix. Produzido pela Floresta, cinco brasileiras, em diferentes níveis de relacionamento, desembarcam na agitada Seul para descobrir se as relações sobreviverão à distância, às diferenças culturais e à nova rotina. A proposta é combinar afeto e autenticidade em uma narrativa que reflete o crescente interesse do público brasileiro pelo formato de realities e pela cultura coreana.
“O casting foi o ponto mais desafiador do projeto. Ele é a alma do programa. Mergulhamos no universo coreano com muito respeito e curiosidade, e fizemos uma grande pesquisa para entender e encontrar perfis que se conectassem com o formato e também com a cultura. Logo, tivemos 21 dias intensos de gravação, uma experiência tão enriquecedora e, certamente, inesquecível”, comenta Adriana ‘Dida’ Silva, VP e Diretora-Geral da Floresta.
A paixão nacional se faz presente em Brasil 70 – A Saga do Tri, minissérie da O2 Filmes que revive a trajetória dos jogadores brasileiros de futebol no campeonato mundial de 1970. Dirigida por Pedro e Paulo Morelli, a obra aposta em efeitos visuais para transportar o público ao coração dos jogos.
“Reproduzir jogadas icônicas de dentro do campo é um dos nossos maiores desafios, e também o nosso maior diferencial. Essa abordagem nos permite oferecer uma perspectiva imersiva, que coloca o público bem no centro da ação e das emoções do campeonato”, afirma Paulo.
O futebol também é tema de dois documentários com abordagens distintas. Um deles sobre Ronaldinho Gaúcho, coproduzido por Canal Azul e Trailer Filmes, narra com irreverência e leveza a trajetória do craque a partir de histórias pouco conhecidas e depoimentos inéditos.
“Desde o primeiro dia, tem sido um projeto emocionante que narra a vida de uma das figuras mais icônicas da história do futebol. As filmagens foram tão aleatórias quanto nosso personagem, divertidas e sempre cheias de surpresas.”, afirma o diretor e roteirista Luis Ara.
E um documentário produzido pela Improbable Media e Ginga Pictures sobre o Santos, seus bastidores e a volta de Neymar Jr. conta sobre os anos mais difíceis do time da vila, desde a morte de Pelé ao rebaixamento e a volta à primeira divisão e sobre a missão de Neymar Jr. de ajudar o Santos voltar à glória.
“O foco será nos bastidores do Santos e no desafio que seu camisa dez e a equipe enfrentam no momento mais decisivo na história do clube. Neymar, após lesões, tenta ajudar o time e a sua própria estrela voltar a brilhar novamente, enquanto se prepara para seu último mundial. É possível que este seja o ‘last dance’ de Neymar e a chance do Santos reafirmar sua força”, diz o diretor, David Charles Rodrigues.
Em filmes, a Netflix investe, pela primeira vez, em uma produção brasileira de terror. Fazenda Colonial acompanha a viagem comemorativa de um grupo de amigos a uma antiga fazenda, que termina em um reencontro sinistro com o passado. Uma coprodução da Kromaki e Panda Filmes e com direção de Marcela Mariz e Renata di Carmo, a obra subverte o gênero ao incorporar elementos da história social brasileira.
“Fazenda Colonial é um projeto original e instigante desde sua premissa inicial. Renata e Marcela criaram uma história que cruza o medo para falar de horrores do passado ainda muito vivos no presente. Ambientado numa típica fazenda colonial brasileira, um dos pontos altos da produção, com toda a simbologia que esse tipo de local carrega, nosso filme parte do terror para trazer à tona ecos da escravidão, racismo e práticas coloniais que ainda perduram”, diz Rodrigo Letier, sócio-produtor da Kromaki.
“Com isso, somando os efeitos mecânicos e de pós-produção que algumas cenas demandam, o susto, o medo e o suspense se misturam a indignação, questionamento e clamor por justiça, fazendo dessa história um terror original com DNA muito brasileiro”, complementa.
Já o filme de ficção inspirado no caso Elize Matsunaga é um thriller com toques de melodrama, com direção de Vellas e roteiro de Raphael Montes, que também atua como produtor associado. Produzido pela Boutique Filmes, o longa explora temas como classe social, ambição e violência de forma provocativa e faz uma reprodução fiel e detalhada do apartamento onde o casal Matsunaga vivia.
“Foi um enorme desafio criar uma história que discute assuntos tão relevantes enquanto mergulha fundo na mente de Elize, na complexa relação dela com Marcos e nas escolhas que culminaram em um dos crimes mais chocantes do país”, explica Montes.
Outro marco importante é Marcha das Onças, o primeiro documentário de natureza da Netflix na América Latina, e com origem, criação e produção no Brasil. Dirigido por Lawrence Wahba e em coprodução da Duo2 com Bonne Pioche, o doc acompanha a jornada de três onças-pintadas no Pantanal, revelando com tecnologia de ponta os desafios da espécie e a importância de sua preservação.
“Foram nove expedições ao Pantanal com uma equipe completa — quatro cinegrafistas, câmeras estabilizadas em barcos, drones, microcâmeras e lentes específicas — colaborando com pesquisadores e guarda-parques para capturar a vida de três onças desde filhotes até a maturidade”, conta Wahba.
E para os fãs de longa data da maior franquia brasileira de séries da Netflix, vem aí um spin-off de Sintonia em formato de filme, que dará continuidade à trajetória de Nando. A direção é de Johnny Araújo e a produção da Gullane. “Fico muito feliz com a paixão dos fãs pela série. Estou muito animado com esse novo desafio e quero aproveitar essa oportunidade para mostrar o quanto esse personagem ainda tem a dizer”, comemora o ator Christian Malheiros, intérprete do personagem.