(ANSA) – BRASÍLIA, 03 OTT – O Ministério da Agricultura e Pecuária do Brasil elogiou a decisão da Comissão Europeia de pedir o adiamento da Lei Antidesmatamento no bloco, que poderia penalizar as exportações brasileiras, e reafirmou o compromisso com a proteção do meio ambiente.   

O poder Executivo da União Europeia recomendou que a legislação, prevista para entrar em vigor no fim de 2024, seja prorrogada para 30 de dezembro de 2025, no caso de grandes empresas, e para 30 de junho de 2026, para pequenas e médias.   

“Esse resultado reflete o diálogo internacional no qual o Brasil teve um papel fundamental ao destacar as preocupações de nossos produtores”, disse a assessoria de imprensa do ministério à ANSA.   

“Continuaremos negociando para garantir a relação comercial, conforme destacado na carta entregue à União Europeia durante recente reunião bilateral. Nosso objetivo é assegurar uma adaptação justa às novas regras”, acrescentou a pasta, apontando que o Brasil tem um dos códigos florestais “mais rigorosos do mundo, estabelecendo um equilíbrio entre produção sustentável e conservação”.   

“Reiteramos que o Brasil mantém um firme compromisso com a preservação ambiental. Agora aguardamos o posicionamento do Parlamento Europeu para consolidar essa importante decisão”, ressaltou o Ministério da Agricultura.   

Há duas semanas, o governo brasileiro chegou a enviar uma carta à UE pedindo que a implementação da Lei Antidesmatamento fosse suspensa e qualificando o projeto como “punitivo”. (ANSA).