O Brasil é uma das principais preocupações da Cruz Vermelha, uma vez que, devido à pandemia, “muita gente está morrendo e nada indica que a curva irá se achatar”, alertou o presidente da Federação Internacional de Sociedades da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho (FICR), Francesco Roca.

Com mais de 1,3 mil mortos nas últimas 24 horas, 32.500 mortes somadas e mais de meio milhão de infectados, o Brasil “é uma das nossas maiores preocupações” em relação à Covid-19, assinalou Roca à AFP. Nenhuma política em nível nacional foi aplicada no país e as medidas de contenção da pandemia foram menos estritas do que na maioria dos países europeus.

Roca também considerou que os países ocidentais parecem mais afetados por problemas de saúde mental relacionados à pandemia. Em poucas semanas, muitas pessoas ficaram na pobreza, obrigadas a pedir ajuda para sobreviver. “Isso tem um forte impacto”, assinalou.

Em outra ordem, o presidente da FICR pediu às autoridades americanas e aos líderes dos protestos contra o racismo que façam o possível para que os manifestantes se reúnam sem propagar o vírus. Ele criticou que as imagens das manifestações mostrem pessoas sem máscara ou outros equipamentos de proteção, como luvas, além de muito próximas umas das outras. “É um mau sinal, certamente. E é ainda muito preocupante em um país onde o vírus tem tamanho impacto”, lamentou.

Os Estados Unidos são o país mais afetado em número de mortos pelo novo coronavírus, com mais de 107 mil.