Brasil é favorito do Grupo A da Copa América; Peru aparece em segundo

Fernando Frazão/Agência Brasil
Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

Favorito para vencer a Copa América em casa apesar dos problemas de sua estrela Neymar, o Brasil poderá se classificar facilmente no Grupo A e como líder, deixando a briga pelo segundo lugar para Peru, Venezuela e Bolívia.

“Aparentemente é obrigatório que o Brasil passe em primeiro lugar. Mas o futebol ultimamente esta muito nivelado, com uma Venezuela que pode aprontar uma surpresa, não custa. Todos os jogos são complicados”, explica à AFP o jornalista esportivo Juca Kfouri.

Nesta primeira etapa, a seleção chega com sua maior estrela envolvida em uma denúncia de estupro que ele desmente, mas que gerou a abertura de um inquérito policial e críticas por se expor a escândalos.

Neymar já tinha acabado de ser protagonista de atos de indisciplina, violência e irregularidade no Paris Saint-Germain (PSG). Com isso, perdeu a braçadeira de capitão para Daniel Alves.

Os jogadores comandados por Tite chegam ao torneio sob a pressão de não conquistar uma Copa América desde 2007 e com a noção de que o Brasil nunca perdeu o taça continental como anfitrião.

Mas, se forem levadas em conta as últimas eliminatórias para a Copa do Mundo, nas quais os brasileiros se classificaram na primeira colocação com folga, a seleção de Tite deverá passar sem problemas por seus adversários do inicio da competição.

O Brasil tem um time mais forte, levando em conta tanto o talento individual quanto o conjunto. Desde o goleiro Alisson até o atacante Roberto Firmino, ambos recém-sagrados campeões da Liga dos Campeões com o Liverpool.

Também estão na equipe o lateral Daniel Alves e o zagueiro Thiago Silva, os dois do PSG, e, claro, Neymar, se sua situação não o afastar do time e fique suficientemente concentrado para mostrar seu futebol.

 

– Peru “Guerrero” –

 

A seleção peruana fez boas campanhas nas últimas edições da Copa América. Foi terceira em 2011 e 2015 e é candidata a avançar como segunda de seu grupo.

“Na Copa América, o Peru chega de igual para igual com todas as equipes (…) Acho que tem chances, é um time compacto, unido, os jogadores se conhecem muito e isso vai dar vantagens a eles na Copa América”, diz à AFP o ex-jogador da seleção peruana Germán Leguía.

Os jogadores comandados pelo técnico argentino Ricardo Gareca, agora com uma recente participação em uma Copa do Mundo no currículo, encaram os duelos com mais confiança.

Com o ‘Tigre’ Gareca, o Peru conseguiu ir a um Mundial depois de 36 anos.

E suas esperanças estão depositadas em Paolo Guerrero, um camisa 9 de grande eficiência e estrela do Internacional de Porto Alegre.

“Paolo coloca alma no futebol. Ele enfrenta os melhores zagueiros do mundo e os supera na base da raça”, avalia Leguía.

Mas o time precisa resolver os problemas na defesa. O retorno de Carlos Zambrano, eficiente mas temperamental, faz com que a equipe tema expulsões. O goleiro titular, Pedro Gallese, joga atualmente no Alianza Lima do Peru, uma liga pouco competitiva.

O Peru terá pela frente duelos preparatórios contra Costa Rica e Colômbia.

 

– Olho na Venezuela, Bolívia em apuros –

 

O técnico Rafael Dudamel lançou mão de quase toda sua legião estrangeira, com jogadores que atuam na América Latina, Estados Unidos e Europa, uma geração dourada venezuelana, cujo país atravessa uma grave crise.

A estrela da seleção da Venezuela é Salomón Rondón, atacante do Newcastle, e tem entre suas novidades o atacante Adalberto Peñaranda (Watford/ING) e o meia Jefferson Savarino (Real Salt Lake/EUA).

Em um amistoso preparatório em Miami, os venezuelanos deram trabalho à seleção do Equador, que conseguiu um empate sofrido de 1 a 1. Na próxima quarta-feira têmm pela frente o México e depois os Estados Unidos. Em março a ‘Vinotinto’ venceu a Argentina de Messi por 3 a 1.

O cenário não é o mesmo para a Bolívia, que vem de uma derrota por 2 a 0 diante da campeã mundial França. Dos 23 membros da equipe, 13 vão disputar o torneio pela primeira vez, embora tenham sido mantidos Marcelo Martins (Shijazhuang Ever Bright/CHN) e Marvin Bejarano (The Strongest/BOL).

O técnico Eduardo Villegas chega com poucas pretensões ao torneio e aposta em uma renovação de seu elenco visando as eliminatórias para a Copa do Mundo do Catar-2022.

 

 

Duelos do Grupo A:

14 de Junho:

Brasil – Bolívia (Morumbi/SP)

 

15 de Junho:

Venezuela – Peru (Arena do Grêmio/PA)

 

18 de junho:

Bolívia – Peru (Maracanã/RJ)

Brasil-Venezuela (Arena Fonte Nova/BA)

 

22 de junho:

Bolívia – Venezuela (Mineirão/BH)

Peru – Brasil (Arena Corinthians/SP)

 

mav/ol/aam