Um acordo de livre comércio assinado hoje (21) em Santiago entre os presidentes do Brasil, Michel Temer, e do Chile,  Sebastián Piñera, entre outros itens, põe fim à cobrança de roaming internacional para dados e telefonia móvel entre os dois países. 

Piñera classificou o acordo assinado hoje como “moderno e de última geração”. Segundo ele, o documento apresenta “muitos conteúdos importantes” tanto para o povo chileno como para o brasileiro. “Portanto vemos a eliminação do roaming, o que fará com que os cerca de 500 mil brasileiros que vem ao Chile, e os cerca 300 mil chilenos que visitam o Brasil possam se comunicar melhor”, disse o presidente chileno, ao destacar que micro e pequenas dos dois países terão papel de destaque na integração que será promovida pelo acordo.

O acordo de livre comércio que reúne 17 itens. Além do fim da cobrança de roaming internacional entre os dois países, há ainda compromissos em comércio eletrônico, práticas regulatórias, medidas de combate à corrupção, meio ambiente e questões trabalhistas.

O presidente chileno disse que o Brasil não é apenas principal parceiro comercial de seu país, mas também o principal destino em termos de investimentos chilenos. “Esse acordo de livre comércio vem aprofundar o comércio de bens e serviços e a integração. Portanto é um grande passo adiante que estabelecemos nessa relação”, disse. “Temos também novos capítulos no que diz respeito a tecnologia, cibersegurança, negociação com relação à Região Antártica e vários outros aspectos que evidenciam a firme vontade de avançarmos em questões como a do corredor bioceânico, que atravessará o Chile”.

Desoneração

Durante o encontro bilateral, também foi anunciado que os chilenos que se aposentaram no Brasil e retornaram a seu país serão beneficiados com a desoneração de uma taxa de 25% cobrada para o envio do benefício ao Chile.

“Quero anunciar que determinei ao secretário da Receita Federal do Brasil que, como consequência deste acordo comercial que fizemos, haja também a desoneração da cobrança desses 25% dos aposentados chilenos que trabalharam no Brasil e vieram para o Chile”, disse Temer, que retorna ainda nesta quarta-feira ao Brasil.

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