 "Marcelo Camargo/Agência Brasil")
O governo brasileiro convocou nesta quarta-feira (9) o encarregado de negócios dos Estados Unidos em Brasília, Gabriel Escobar, após o presidente Donald Trump manifestar apoio ao ex-mandatário Jair Bolsonaro, que é réu por tentativa de golpe de Estado.
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A medida foi tomada pelo Ministério das Relações Exteriores na esteira das publicações do magnata republicano em sua rede social, a Truth, com críticas ao processo contra Bolsonaro.
“O grande povo do Brasil não vai tolerar o que estão fazendo com seu ex-presidente. Vou acompanhar muito de perto essa caça às bruxas contra Jair Bolsonaro, sua família e milhares de seus apoiadores”, escreveu Trump na última segunda-feira (7), acrescentando que o ex-presidente é culpado somente de “lutar por seu povo”.
O líder americano voltou ao assunto nesta quarta, pedindo para a Justiça deixar o “grande ex-presidente do Brasil em paz”.
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A crise diplomática acontece em meio às investidas de Trump contra o Brics, cujos líderes se reuniram no Rio de Janeiro no início desta semana e que foi definido pelo magnata como um “grupo criado para machucar os EUA”.
O presidente americano já anunciou uma tarifa adicional de 10% contra as importações de países do bloco e disse nesta quarta-feira que “o Brasil não tem sido bom” com os Estados Unidos.
Segundo ele, o governo de Luiz Inácio Lula da Silva deve receber uma carta com a decisão da Casa Branca a respeito das tarifas contra mercadorias brasileiras até esta quinta-feira (10).
Em meio à crise, Lula declarou na última segunda que a “defesa da democracia no Brasil é um tema que compete aos brasileiros”. “Não aceitamos interferência ou tutela de quem quer que seja”, afirmou o petista nas redes sociais. (ANSA).