O Brasil conquistou o tão sonhado ouro olímpico no futebol, após um dramático empate por 1 a 1 com a Alemanha e a decisão nos pênaltis, em um sábado nos Jogos do Rio também marcado pelo bicampeonato nos 5 mil e 10 mil metros do britânico Mo Farah.

Após a derrota para o México (2-1) na final de Londres-2012 e o vexame na semifinal da Copa do Mundo-2014 com goleada da Alemanha por 7 a 1, o Brasil deu a volta por cima neste sábado e obteve a tão sonhada glória olímpica.

A seleção brasileira tentava o título após as pratas nos Jogos de Los Angeles-1984, Seul-1988 e Londres-2012, e das medalhas de bronze de Atlanta-1996 e Pequim-2008.

Neymar abriu o placar aos 26 minutos, em cobrança de falta, e Maximilian Meyer empatou com um chute cruzado e rasteiro, sem chances para Weverton, aos 13 da etapa final.

Nos pênaltis, a magia do Maracanã entrou em ação e empurrou o Brasil rumo ao ouro. Weverton defendeu a cobrança de Nils Petersen, a quinta da Alemanha, e para definir o primeiro título olímpico do futebol brasileiro, a última cobrança foi de Neymar, camisa 10, capitão e símbolo da seleção.

Chave de ouro do atletismo no Engenhão

Nos 5 mil metros, o britânico de origem somali Mo Farah confirmou seu amplo domínio nas provas de fundo ao vencer os 5 mil metros, após conquistar os 10 mil metros.

Farah, 33 anos, que já havia realizado a mesma façanha nos Jogos de Londres-2012, venceu hoje com o tempo de 13:03.30.

O fundista britânico conseguiu o feito de se tornar duas vezes bicampeão: vencedor nos 5.000 e 10.000 metros em Londres-2012 e Rio-2016.

Farah se igualou ao finlandês Lasse Viren, que também obteve o bicampeonato olímpico nos 5 mil e 10 mil metros.

O americano de origem queniana Paul Kipkemoi Chelimo (13:03.90) chegou na segunda posição, foi desclassificado e depois reabilitado, o que confirmou sua medalha de prata. O etíope Hagos Gebrhiwet (13:04.35) levou a medalha de bronze.

Allyson Felix conquistou o sexto ouro de sua carreira com a vitória da equipe dos Estados Unidos na final do revezamento 4×400 metros.

A atual campeã do mundo da distância, 30 anos, correu a última perna do revezamento e completou a prova com o tempo de de 3:19.06.

A equipe americana, que também contava com Courtney Okolo, Natasha Hastings, Phyllis Francis, superou a Jamaica, que levou a prata com 3:20.34, e a Grã-Bretanha, que faturou o bronze com 3:25.88.

Esta foi a sexta vitória consecutiva em Olimpíadas dos Estados Unidos no 4×400 m feminino.

Felix, que já era a mulher com mais títulos olímpicos no atletismo, aumentou para seis o número de ouros em sua carreira, o segundo no Rio de Janeiro depois do revezamento 4×100.

A equipe masculina americana do revezamento 4×400 metros conquistou o ouro na última prova de pista do atletismo no Rio-2016, com Arman Hall, Tony McQuay, Gil Roberts e Lashawn Merritt fechando a prova com o tempo de 2:27.30.

A Jamaica (2:58.16) levou a prata e Bahamas (2:58.16) faturou o bronze.

A zebra se fez presente no Engenhão na figura do americano Matthew Centrowitz, que levou o ouro nos 1.500 metros contrariando todos os prognósticos, com o tempo de 3:50.00.

O argelino Taoufil Makhloufi ficou com a medalha de prata (3:50.11) e o bronze foi para o neozelandês Nicholas Willis (3:50.24).

O queniano Asbel Kiprop, tricampeão mundial e grande favorito, chegou apenas na sexta posição (3:50.87).

Centrowitz, que sequer figurava entre os dez melhores tempos da temporada, tinha até o momento como melhores resultados um quarto lugar nos Jogos de Londres-2012 e uma prata e um bronze nos Mundiais de Moscou-2013 e Daegu-2011, ficando em oitavo em Pequim-2015.

O alemão Thomas Röhler conquistou o título olímpico do lançamento do dardo, com a marca de 90,30 metros.

O queniano Julius Yego, com 88,24 metros, ficou com a prata e o trinitino Kershorn Walcott, bronze, lançou a 85,38 metros.

A sul-africana Caster Semenya, campeã mundial em 2009, levou o ouro nos 800 metros, com o tempo de 1:55.28, sete anos após a grande polêmica sobre seu sexo.

Semenya, atleta com alta taxa de testosterona, chegou à frente de Francine Niyonsaba (1:56.49), do Burundi, que levou a prata, e da queniana Margaret Nyairera Wambui (1:56.89), que faturou o bronze.

A espanhola Ruth Beitia, 37 anos, conquistou ouro no salto em altura, em sua primeira presença no pódio olímpico.

Beitia, que buscava o único pódio que lhe faltava, venceu com um salto de 1,97 metro, deixando a prata para a búlgara Mirela Demireva e o bronze para a croata Blanka Vlasic, ambas com a mesma marca e mais tentativas nas alturas anteriores.

Americanas confirmam hegemonia no basquete

Os Estados Unidos ganharam com autoridade o ouro olímpico no torneio feminino de basquete, esmagando a Espanha por 101-72 na final.

As americanas conseguem assim manter seu título olímpico, conquistando sua sexta coroa consecutiva, enquanto as espanholas levaram a primeira prata de sua história.

A equipe sérvia ficou com o bronze ao derrotar a França por 70 a 60.

As americanas Diana Taurasi, Tamika Catchings e Sue Bird acumulam agora quatro medalhas de ouro olímpicas seguidas, unindo-se às ex-estrelas Lisa Leslie e Teresa Edwards.

Os Estados Unidos seguem sem perder qualquer partida no basquete olímpico feminino desde os Jogos de Barcelona-1992.

A China conquistou o ouro do torneio de vôlei feminino, ao bater a Sérvia por 3 sets a 1, no estádio do Maracanãzinho.

As chinesas, que haviam eliminado o favorito Brasil nas quartas-de-final, derrotaram as sérvias por 19-25, 25-17, 25-22 e 25-23.

A Sérvia ficou com a prata e os Estados Unidos, que venceram a Holanda por 3 sets a 1, levaram a medalha de bronze.

afp/fp/tt/lr