(ANSA) – BRASILIA, 11 MAR – O governo Lula celebrou nesta segunda-feira (10) a eleição do chanceler do Suriname, Albert Ramdin, como novo secretário-geral da Organização dos Estados Americanos (OEA). A diplomacia brasileira havia respaldado sua candidatura e agora faz um apelo para que a entidade atue como um espaço de diálogo no continente.
O Brasil “confia que, por sua experiência e trajetória, o embaixador Ramdin atuará de maneira decisiva para o fortalecimento da OEA e das relações hemisféricas”, afirmou o Itamaraty em nota oficial. O comunicado também destaca que Brasília “valoriza a OEA” e considera que a nova liderança de Ramdin contribuirá para fortalecer o papel da organização em “prol de uma região estável, democrática, justa e próspera”.
A vitória de Ramdin representa um êxito diplomático para o Brasil, que impulsionou sua candidatura ao lado de Chile, Colômbia e países do Caribe. O principal adversário, o chanceler paraguaio Rubén Ramírez Lezcano, apoiado pelos Estados Unidos, retirou sua candidatura antes da votação.
Durante a reunião da OEA em Washington, a secretária-geral do Itamaraty, Maria Laura da Rocha, fez declarações interpretadas como críticas indiretas ao governo americano, sem mencioná-lo diretamente. A embaixadora defendeu o direito internacional e o multilateralismo contra “o caos”, além de criticar uma suposta instrumentalização da OEA pelos Estados Unidos. (ANSA).