Derrotados em seus últimos jogos nas Eliminatórias para a Copa do Mundo de 2026, Brasil e Argentina se enfrentam na terça-feira no Maracanã, pela sexta rodada em que a Colômbia chega como única seleção invicta no torneio.

Após cinco rodadas da extensa fase de classificação da Conmebol, que terminará em meados de setembro de 2025, a ‘Albiceleste’ lidera com 12 pontos, seguida de perto pelo Uruguai (10), que está em segundo, e pela Colômbia (9), agora em terceiro.

A Venezuela manteve a quarta colocação com 8 pontos, enquanto o Brasil caiu para a quinta posição com 7 pontos. Equador, Paraguai e Chile, nessa ordem, somam 5 pontos, enquanto Bolívia (3) e Peru (1) trocaram posições no fundo da tabela.

A América do Sul dispõe de seis vagas diretas para a Copa do Mundo que será organizada por Estados Unidos, Canadá e México, enquanto o sétimo colocado ainda tem a oportunidade de disputar uma repescagem contra uma seleção de outro continente. Serão duas vagas a mais em disputa em relação aos últimos mundiais.

A Copa de 2026 contará pela primeira vez com a participação de 48 seleções, 16 a mais do que as 32 das edições anteriores.

1. Brasil-Argentina, superclássico mundial

Marcelo Bielsa garantiu antes do duelo Argentina-Uruguai, na última quinta-feira, no estádio de La Bombonera, que não havia “fórmula, método, procedimento” para anular Messi.

Diante da fenomenal vitória da ‘Celeste’ por 2 a 0, primeira derrota da Argentina como tricampeã mundial, Bielsa parece ter encontrado a equação perfeita para apaziguar a magia do melhor jogador do planeta e, no processo, mostrar a seus colegas como enfrentar a equipe comandada por Scaloni.

O técnico da seleção brasileira Fernando Diniz poderá usar esse cálculo estratégico para evitar que o Brasil sofra a histórica terceira derrota consecutiva nas Eliminatórias Sul-Americanas para a Copa do Mundo diante da Argentina no Maracanã, no jogo que começa às 21h30 de terça-feira.

Caso contrário, o mesmo Maracanã, que o aplaudiu de pé pela conquista do Fluminense na final da Copa Libertadores contra o Boca Juniors, poderá vaiá-lo.

Messi e companhia tentarão reconstruir a autoestima ferida diante de um Brasil que vem fazendo uma campanha medíocre, com apenas duas vitórias contra os últimos colocados Bolívia (5 a 1) e Peru (1 a 0), e que sofrerá com a ausência de Vinícius Júnior, lesionado contra a Colômbia e que havia sido convocado com a missão de assumir a liderança da Seleção após a perda de Neymar (também machucado).

“Não sei se o Brasil é o melhor adversário para a gente se recuperar; diria que não. Mas quando você perde, todos os adversários servem”, alertou Scaloni.

2. Uruguai embalado enfrenta Bolívia

Cerca de 61 mil almas eufóricas aguardam a Celeste na terça-feira (às 20h30, pelo horário de Brasília) no mítico estádio Centenário para enfrentar a Bolívia, onde se espera um Uruguai avassalador, que pretende terminar 2023 como líder isolado do torneio classificatório para a Copa do Mundo.

E depois do feito em La Bombonera, a primeira vitória dos bicampeões mundiais (1930 e 1950) em solo argentino nas Eliminatórias Sul-Americanas, somada também à vitória (2 a 0) sobre o Brasil em Montevidéu na quarta rodada, o mínimo que se espera é um Centenário em polvorosa.

A equipe comandada por Bielsa fez por merecer já que pela primeira vez emendou vitórias contra seus principais rivais e vizinhos na mesma edição das Eliminatórias.

O próprio Messi reconheceu “a mão do treinador” no novo modelo do Uruguai, uma equipe estrategicamente desenhada e organizada, que desenvolve bem o jogo ofensivo e lapida a tradicional garra uruguaia com intensidade tática.

3. Colômbia quer se manter invicta em Assunção

Duas vitórias e três empates. A Colômbia colocará à prova na terça-feira, em Assunção (às 20h de Brasília), sua invencibilidade na atual edição das Eliminatórias contra um Paraguai que vive um mau momento, com apenas uma vitória em cinco jogos.

Depois da importante vitória (2-1) sobre o Brasil em Barranquilla, a primeira na história das Eliminatórias Sul-Americanas, com duas cabeçadas de “Lucho” Díaz dedicadas a seu pai Luis Manuel, libertado após ser sequestrado pela guerrilha do ELN, a Colômbia aposta em mais uma vitória.

“Este jogo [contra o Brasil] nos permite sonhar e perceber que é possível”, escreveu o atacante do Liverpool em sua conta no Instagram.

Já a ‘Albirroja’ disputará sua segunda partida em Assunção, comandada pelo técnico argentino Daniel Garnero. Na última quinta-feira empatou sem gols com o Chile em Santiago, em um jogo sem brilho e com poucas emoções.

4. Oportunidades para Venezuela e Equador

A sexta rodada inclui ainda os duelos Equador-Chile em Quito (20h30 pelo horário de Brasília) e Peru-Venezuela em Lima (23h00).

Para ‘La Tricolor’ e ‘La Vinotinto’, são jogos para pontuar levando em conta o péssimo desempenho de seus respectivos adversários: o Chile ficou sem técnico após a demissão do argentino Eduardo Berizzo e o Peru é o novo lanterna do torneio.

O empate em 0 a 0 entre as duas seleções na quinta-feira em Maturín obriga Equador e Venezuela a encerrarem com um resultado positivo na última rodada das Eliminatórias do ano para não se afastarem do grupo de seleções que avançam sólidas no topo da tabela.

“Temos que tentar obter um bom resultado em casa”, disse o espanhol Félix Sánchez, que já começa a ser o alvo das primeiras críticas em seu comando na seleção do Equador.

Para seu colega venezuelano, o argentino Fernando Batista, a Vinotinto “tem que fazer um jogo inteligente” em Lima.

“Conhecemos as necessidades que o Peru enfrenta porque não começou bem as Eliminatórias (…) Vejo a equipe bem o suficiente para fazer uma boa partida em Lima”, comentou ‘El Bocha’.

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