Não são dias para brincadeiras mórbidas, muito menos em alusão aos trágicos fatos atuais, mas vou me permitir o humor negro e lembrar o quadro “me tira o tubo”, apresentado por Jô Soares, no programa Viva o Gordo, lá pelos idos dos anos 1980 e 1990.

Tratava-se de um general da ditadura militar, que acordava de um coma após seis anos. Toda vez que lhe atualizavam as notícias, desesperado, gritava: “me tira o tubo”. Não era um tubo de ventilação mecânica, mas de soro. Ele, ironicamente, pedia para morrer.

O IPEC (Inteligência em Pesquisa e Consultoria), instituto de pesquisas de Márcia Cavallari e outros ex-executivos do IBOPE, detectou que o ex-presidente Lula possui um potencial maior de votos que Jair Bolsonaro; e com larga vantagem: algo como 12%.

Mas que se note: potencial de votos não significa intenção de votos. O resultado não leva a crer que o chefe de quadrilha petista (conforme definição do MPF – Ministério Público Federal) bateria o verdugo do Planalto (conforme minha definição) num hipotético embate em 2022.

De qualquer forma é uma notícia mais que assustadora, e só reforça a tese de que um (Lula) precisa do outro (Bolsonaro), e vice-versa. O Bolsonarismo e o lulopetismo se retroalimentam, e destroem qualquer possibilidade de um futuro melhor e mais promissor para o Brasil.

Se desafortunadamente o quadro eleitoral descambar para um embate deste tipo, poderemos esperar por dias ainda mais tenebrosos que os atuais. Não será exagero implorar “me tira o tubo”. Ao contrário. Será o melhor que poderá nos acontecer diante do horror que seria algo assim.

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