O Bradesco espera que o desempenho da oferta de crédito se acelere no segundo semestre, empurrando o crescimento da sua carteira para o centro do guidance, que vai de alta de 9% a 13%. “Com o encaminhamento da reforma da Previdência, percebemos um sentimento de confiança. Após sua aprovação, virá a tributária e a independência do Banco Central, traçando um cenário muito mais positivo. Em função disso, esperamos novos negócios para a mesa”, disse o presidente do Bradesco, Octavio de Lazari, a jornalistas, em teleconferência, nesta manhã de quinta-feira, 25.

Alcançar o centro do guidance no crédito, conforme Lazari, depende, contudo, da materialização do sentimento de otimismo e confiança que veio a reboque do encaminhamento da reforma da Previdência.

A carteira de crédito do Bradesco foi a R$ 560,538 bilhões ao término de junho, elevação de 2,2% ante março. No comparativo anual cresceu 8,7%.

Especificamente na pessoa jurídica, Lazari disse que a retomada da economia brasileira deve permitir ao banco crescer mais nesta área durante o segundo semestre, principalmente no último trimestre de 2019.

CSLL

O Bradesco espera que o aumento da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) como uma forma para bancar parte da reforma da Previdência tenha um impacto positivo de R$ 6,4 bilhões após a aprovação da medida, conforme Lazari. O efeito positivo do aumento da CSLL ocorre porque os bancos são obrigados a recalcular o saldo de créditos tributários – gerado a partir de provisões – sob a nova alíquota.

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Esse efeito se dará, contudo, após 90 dias, a chamada noventena, da sanção do projeto que prevê a majoração da alíquota de 15% para 20%. “O efeito da CSLL só ocorrerá este ano se a aprovação do projeto ocorrer em agosto. Se for em setembro ou outubro, ficará para 2020”, disse Lazari.


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