Após mais de um ano de negociação, a Bradesco Seguros e a suíça Swiss Re Corporate Solutions anunciaram na última quinta-feira, 13, a criação de uma nova empresa para explorar o segmento de seguro de grandes riscos no Brasil.

Segundo apurou o Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado, a Bradesco Seguros recebeu cerca de R$ 750 milhões pela parceria.

O pagamento corresponde à troca de ações e um montante em dinheiro. Em contrapartida, a Swiss Re ficará com 60% da nova empresa e a Bradesco, com os outros 40%.

Com a associação, que nasce com cerca de R$ 800 milhões em prêmios, considerando dados de 2015, a Bradesco avança no ranking de grandes riscos no Brasil, na contramão das competidoras nacionais, que têm deixado o setor.

A empresa salta da oitava para a terceira posição, conforme número do ano passado da Superintendência de Seguros Privados (Susep). Fica atrás somente da Chubb Seguros, com R$ 1,7 bilhão, e da BB Mapfre, líder, com R$ 2,7 bilhões.

Com a parceria, a Swiss Re terá acesso exclusivo à carteira da Bradesco Seguros e seu canal de distribuição pelo prazo de 20 anos, conforme acordo de acionistas, prazo esse que pode ser estendido automaticamente por mais duas décadas. A transação é parecida com a que o Itaú fez no passado com a XL, antes da fusão com o Unibanco.

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Já a Bradesco Seguros passa a atuar em novos ramos, como seguro garantia para obras, garantia judicial e rural. A joint venture inclui ainda os segmentos de engenharia, patrimônio, transportes, aeronáutico, casco marítimo e responsabilidade civil. Riscos empresariais abaixo de R$ 10 milhões seguem concentrados apenas na Bradesco Seguros.

“Juntas, as empresas praticamente dobram de tamanho em grandes riscos no Brasil. Nunca foi uma opção deixar de operar neste setor”, disse o diretor presidente da Bradesco Seguros, Randal Zanetti, em coletiva de imprensa.

Questionado sobre o valor envolvido na transação, o executivo afirmou que “não há relevância” que o impacto para o banco será pequeno após a aprovação dos órgãos reguladores.

Bradesco na contramão

Em 2014, o Itaú vendeu sua operação de grande risco para a Ace, hoje Chubb. Em 2015, a

SulAmérica se desfez da carteira, comprada pela francesa Axa. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.


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