Braço armado do Hamas confirma a morte do líder Mohammed Deif

O braço armado do movimento islamista palestino Hamas confirmou, nesta quinta-feira (30), a morte de seu líder, Mohammed Deif, que Israel afirmou ter matado em 13 de julho de 2024 em um bombardeio no sul da Faixa de Gaza.

Abu Obeida, porta-voz das Brigadas Ezzedine al Qassam, anunciou, em um comunicado, “o martírio do comandante Mohammed Deif (…) entre outros dirigentes”, sem fornecer mais detalhes.

O Exército israelense anunciou a morte de Deif no início de agosto, em um bombardeio lançado quase três semanas antes, acusando-o de ter “dirigido, planejado e executado” o ataque de 7 de outubro de 2023 efetuado pelo Hamas contra Israel.

O grupo islamista não havia confirmado a sua morte até esta quinta-feira.

Deif assumiu a liderança das Brigadas Ezzedine al Qassam em 2022. Foi um dos homens mais procurados por Israel durante quase três décadas, e estava na lista dos Estados Unidos de “terroristas internacionais” desde 2015.

Mohammed Diab al Masri nasceu em um campo de refugiados em Khan Junis, no sul de Gaza, em 1965.

Ele havia desempenhado um papel fundamental na grande rede de túneis construída sob Gaza.

Em maio de 2024, o procurador-geral do Tribunal Penal Internacional solicitou uma ordem de prisão contra Deif e Yahya Sinwar, então líder do Hamas em Gaza, por crimes de guerra e contra a humanidade.

Sinwar, considerado o idealizador do ataque de 7 de outubro de 2023, foi morto por soldados israelenses em 16 de outubro passado.

O chefe do braço político do grupo, Ismail Haniyeh, exilado em Doha, morreu no final de julho em Teerã, em uma explosão reivindicada por Israel.

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