O candidato à prefeitura de São Paulo Guilherme Boulos (PSOL) negou uma possível crise na campanha devido às escassas aparições de sua vice, Marta Suplicy (PT), nas agendas de campanha. A declaração foi dada aos jornalistas nesta sexta-feira, 13.

Questionado sobre o tímido empenho de Marta em eventos, Boulos se limitou apenas a dizer que a petista participou de varias agendas e que participará de outras eventos até o primeiro turno. Ele ainda disse não haver crise e exaltou a última pesquisa Datafolha, que o coloca empatado tecnicamente com Ricardo Nunes (MDB).

“Tem uma coisa meio quase imaginaria que se tentou criar crise na campanha. Crescemos no 0 a 2, crescemos entre os eleitores do Lula”, disse o psolista.

“Marta tem estado em vários eventos nossos e hoje esteve em mais um”, continuou.

Boulos está na segunda colocação na corrida eleitoral de São Paulo, de acordo com a pesquisa Datafolha. Ele conta com 25% das intenções de voto, tendo crescido  2 pontos percentuais em relação ao último levantamento.

Há a expectativa de que o psolista vá à Brasília neste fim de semana para fazer gravações de programas para a TV com Lula. Questionado sobre a próxima vinda de Lula à São Paulo, Boulos se limitou a dizer que a campanha não irá alterar “as datas da vida do presidente”.

Propostas para o meio ambiente

As falas de Boulos foram registradas após um evento convocado pela campanha para a apresentação de propostas ligadas ao meio ambiente. No escopo das queimadas registradas no estado – que tem atingido regiões da capital, como a Zona Sul – Boulos criticou a gestão Nunes e garantiu um plano de contingenciamento para evitar incêndio.

Em uma de suas promessas, Boulos garantiu que haverá 6 mil ônibus elétricos ou híbridos na frota municipal. O número representa metade da frota que circula na capital paulista.

“Ao longo dos 4 anos de governo, vamos chegar ao menos metade da frota de ônibus elétrica ou híbrida”, disse na coletivae m que prometeu, também, mais 100 km de corredores de ônibus.

Outra promessa de Boulos é a criação de um programa de incentivo para carros e motos elétricas, mas não deu detalhes sobre o tema. O candidato ainda foi questionado sobre a possibilidade de fazer alterações no rodízio para evitar um grande fluxo de veículos e reduzir a emissão de carbono na cidade, mas evitou responder e disse que não há nada sobre o tema no programa de governo.