Botafogo perde do caçula Maricá na largada do Carioca

Vítor Silva/ BFR
Botafogo x Maricá Foto: Vítor Silva/ BFR

Grande vencedor brasileiro da temporada passada, o Botafogo viu seus meninos fracassarem na largada oficial de 2025. Neste sábado, pela primeira rodada do Campeonato Carioca, o time sofreu muito com a falta de entrosamento e acabou perdendo do recém-promovido Maricá, por 2 a 1, no Engenhão. Mesmo com time alternativo, foi um duro golpe já que os botafoguenses atuaram desde os 10 minutos da partida com um a mais após expulsão de Mizael.

Com os campeões do Brasileirão e da Libertadores ainda em férias, o Botafogo pisou no gramado do Engenhão com muitos jovens. Conhecido da torcida, apenas, o volante Patrick de Paula, recuperado de grave lesão no joelho, e os atacantes Carlos Alberto e Matheus Nascimento.

Mesmo bastante modificado, a expectativa era de grande estreia diante da torcida – o estádio recebeu pouco público. Carlos Leiria, interino enquanto o clube não contrata um substituto para o português Artur Jorge, prometia seu time buscando o gol a todo momento.

A bola nem bem rolou no Engenhão e o “primeiro problema” do Estadual surgiu. A arbitragem estava sem comunicação com os integrantes do VAR. Pane resolvida, a partida voltou e logo com quatro minutos, o gol inaugural da competição. Do estreante Maricá, que garantiu o acesso em 2024.

Roubada de bola no meio-campo e passe para Denílson Saci, aberto pela direita. O atacante cortou para dentro e bateu forte. O goleiro Raul falhou e os jogadores do Maricá fizeram enorme festa. O VAR entrou em ação, contudo, causando apreensão nos visitantes. Mas o lance acabou confirmado, apesar de os botafoguenses reclamarem de toque na mão na origem da jogada.

A estratégia do técnico Reinaldo Cruz, ex-atacante com passagens por São Paulo e Flamengo, de ter um time veloz na frente, porém, fez água rapidamente. Aos 10 minutos, em uma bola mal recuada, Carlos Alberto sairia na cara do goleiro Dida para empatar, mas foi puxado por Mizael. A falta foi anotada e o zagueiro acabou expulso, deixando o caçula com um a menos com todo o jogo pela frente.

Virou um jogo de ataque contra defesa. O Botafogo tinha a vantagem numérica, mas sofria com o entrosamento e esbarrava na parede defensiva dos oponentes, com linhas recuadas após a expulsão. Foram apenas duas boas chances antes do intervalo, com Dida defendendo os chutes de Carlos Alberto e Newton.

O Botafogo voltou do descanso mais atrevido, com o atacante Yarlen na vaga de um zagueiro. Com um minuto, a novidade já chegou perto do empate, mas errou o alvo. Em novo avanço pela direita, o ponta viu seu cruzamento passar por toda a área sem um toque às redes.

Vendo o Botafogo crescer na etapa final, Reinaldo modificou o Maricá e foi premiado. Gutemberg, uma de suas novidades, sofreu falta na entrada da área e Hugo Borges, outro escolhido para o segundo tempo, bateu com precisão para ampliar.

Bem modificado por Carlos Leiria, o Botafogo chegava com perigo para, ao menos, anotar o gol de honra. Mas faltava pontaria. Rafael Lobato, cara a cara, parou em Dida, enquanto a batida de Carlos Alberto foi por cima.

Um pênalti, aos 42 minutos, de João Bezerro sobre Yarlen, serviu para “esquentar o jogo.” Matheus Nascimento queria cobrar, mas Patrick de Paula “tomou” a bola do companheiro e bateu forte, para diminuir. O time tinha os sete minutos dos acréscimos para evitar o vexame. Não conseguiu.

A torcida do Maricá fez enorme festa com o apito final, assim como seus jogadores. Os botafoguenses mostraram que a sintonia com o clube segue intacta com gritos de “é campeão, é campeão.”

FICHA TÉCNICA

BOTAFOGO 1 X 2 MARICÁ

BOTAFOGO – Raul; Kauê Leonardo (Yarlen), Kawan (Kauan Lindes), Serafim e Lucyo (Rafael Lobato); Newton, Patrick de Paula, Kauê e Vitinho (Valentin Adamo); Carlos Alberto (Kayke Queiroz) e Matheus Nascimento. Técnico: Carlos Leiria.

MARICÁ – Dida; Magno Nunes, Mizael, Sandro Silva e João Victor; Ramon, Bruninho (Gutemberg), João Bezerro e Walber (Hugo Borges); Denílson Saci (Magno Souza) e Jefferson Tavares (Luiz Felipe Carvalho). Técnico: Reinaldo Cruz.

GOLS – Denílson Saci, aos 4 minutos do primeiro tempo; Hugo Borges, aos 17, e Patrick de Paula (pênalti), aos 45 do segundo.

CARTÃO AMARELO – Newton (Botafogo).

CARTÃO VERMELHO – Mizael (Maricá).

ÁRBITRO – Bruno Mota Correia.

RENDA – R$ 206.778,00.

PÚBLICO – 9.627 presentes.

LOCAL – Engenhão, no Rio.