O Botafogo volta a entrar em campo na próxima quarta-feira, contra o Bahia, às 21h30, no Estádio Nilton Santos, mas Paulo Autuori ainda não decidiu qual equipe iniciará a partida. Com problemas de lesão e pouco tempo para treinar, o comandante, geralmente, tem escolhido as equipes que iniciam os jogos apenas horas antes de a bola rolar. E os onze iniciais nunca são os mesmos.

O Glorioso é uma das equipes do Campeonato Brasileiro que não repetiu escalações. São onze jogos e onze times titulares diferentes. Dentro de campo, o desempenho é aquém do esperado: onze pontos conquistados e o 18º lugar, na zona de rebaixamento.

A equipe comandada por Paulo Autuori, que já não possuía um elenco tão encorpado no começo do Brasileirão, perdeu seis jogadores desde a primeira rodada. As reposições durante a competição, até aqui, foram Carlos Rentería, Davi Araújo e Gustavo Cascardo, que ainda não estreou. A diretoria enxerga a deficiência no elenco e está no mercado em busca de reforços.

O treinador, inclusive, bate na tecla que, pelo calendário atípico, é difícil exercer qualquer tipo de treinamento entre as partidas. A próxima “semana livre” do Botafogo – sem jogo no meio da semana – será apenas na metade de outubro. Vale ressaltar, contudo, que todas as equipes do Brasileirão sofrem com as datas apertadas.

Outro ponto é que a “escalação ideal” do Botafogo – Gatito; Benevenuto, Rafael Forster, Kanu; Kevin, Honda, Caio Alexandre, Victor Luís; Bruno Nazário, Matheus Babi, Kalou -, que eliminou o Vasco na Copa do Brasil, nunca começou um jogo no Campeonato Brasileiro.

O elenco de poucas opções e as recorrentes lesões são pedras no caminho do Botafogo, que estagnou na tabela. Rei dos empates no Brasileirão – são oito igualdades na competição -, a equipe comandada por Paulo Autuori precisa reagir enquanto é tempo.