O Botafogo continua imbatível. Mesmo com escalação mista, somou sua décima partida sem derrota nesta quarta-feira, confirmando o favoritismo diante dos argentinos do Patronato nos playoffs da Copa Sul-Americana e avançando. Em dia frio e sob chuva no Engenhão, a equipe se garantiu nas oitavas de final para enfrentar o Guaraní-PAR com empate por 1 a 1. Luís Henrique fez o gol do time na estreia do técnico Bruno Lage e o retorno do goleiro Gatito Fernández após oito meses, com Arce definindo a igualdade.

Líder disparado do Brasileirão, com 12 pontos de vantagem sobre o Flamengo, agora o Botafogo volta as atenções à competição nacional. No domingo, a equipe visita o instável Santos na Vila Belmiro sem público e tentará manter a boa gordura acumulada na tabela.

Com enorme vantagem de 2 a 0 conquistada na Argentina, também com escalação alternativa, Bruno Lage se viu tranquilo para rodar o elenco mais uma vez. E assim o fez, dando descanso para Lucas Perri, Adryelson, Marçal, Eduardo, Junior Santos e o artilheiro Tiquinho Soares. Marlon Freitas cumpriu o segundo jogo de suspensão por expulsão diante do Magallanes. Uma boa chance para o torcedor observar Gatito Fernández no gol após oito meses da cirurgia no ombro, e como a equipe se comportaria com Segovia pela primeira vez entre os titulares encostando em Janderson no comando do ataque.

Nem bem a bola rolou e o grito do gol já ecoava nas arquibancadas. O Botafogo precisou de somente dois minutos para abrir o marcador. Janderson ganhou na marcação após lançamento longo, deu drible da vaca no zagueiro e rolou para Luís Henrique empurrar ao gol vazio.

A parceria, por sinal, parecia se conhecer há muito tempo. Em novo cruzamento de Janderson, Luís Henrique por pouco não ampliou. A zaga conseguir desviar a finalização. Envolvente na frente e com segurança atrás. Nome mais ovacionado no anúncio do time, Gatito mostrou que está plenamente recuperado após romper os ligamentos do ombro. Foram três boas defesas na primeira etapa para entusiasmo da torcida e vantagem no duelo com o atacante Díaz.

Segovinha, como o jovem meia é chamado, queria deixar sua marca e quase fez aos 30 do primeiro tempo. Ele invadiu a área dos argentinos, mas a finalização saiu torta, indo para fora no famoso “uh”. Apesar de jogar na frente, o time foi ao intervalo com a vantagem mínima.

Bruno Lage voltou com Júnior Santos na vaga de Segovia para aumentar o poderio ofensivo e “definir” logo a classificação. O Patronato, que cresceu na reta final da primeira etapa, também retornou confiante em buscar uma reação e abriu mão do forte esquema defensivo ao trocar um jogador de marcação por uma meia.

Como Bruno Lage planejava, a entrada de Júnior Santos deu mais ofensividade ao Botafogo. O atacante quase ampliou aos dois minutos e serviu Janderson para ampliar aos 7, mas a bola explodiu no trave e não entrou.

No duelo de estratégias, a mudança que fez efeito foi do Patronato. Com poucos minutos em campo, Arce empatou para os argentinos. O Botafogo demorou para reagir e somente chegou perto do gol novamente aos 28, com Di Placido mandando para fora. A invencibilidade quase ruiu aos 45 minutos. Sosa fez, mas estava impedido e o gol não valeu. O time carioca fez o tempo passar e celebrou a classificação.

FICHA TÉCNICA

BOTAFOGO 1 X 1 PATRONATO

BOTAGOGO – Gatito Fernández; Di Placido, Philipe Sampaio, Victor Cuesta e Hugo; Danilo Barbosa, Tchê Tchê (Diego Hernández) e Gustavo Sauer (Breno); Segovia (Júnior Santos), Janderson (Carlos Alberto) e Luís Henrique (Lucas Fernandes). Técnico: Bruno Lage.

PATRONATO – Budiño; Ojeda, Domingo e Ghirardello; Novero (Cáceres), Chamorro, Vázquez e Cobos (Barinaga); Pereyra (Solís), Enzo Díaz (Sosa) e González (Arce). Técnico: Rodolfo de Paoli.

GOLS – Luís Henrique, aos 2 minutos do primeiro tempo; Arce, aos 12 do segundo.

ÁRBITRO – Kevin Ortega (Argentina).

CARTÕES AMARELOS – Janderson, Hugo, Di Placido e Philipe Sampaio (Botafogo); Arce e Pereyra (Patronato).

RENDA – R$ 693.782,50.

PÚBLICO – 20.509 presentes (18.084 pagantes).

LOCAL – Estádio Engenhão, no Rio.