Borussia quer manter evolução com Kovac no Mundial de Clubes e revela ‘estudo’ sobre o Flu

O Borussia Dortmund que fechou a temporada europeia em maio não é, nem de longe, o mesmo que chegou à final da Champions League, há um ano, e perdeu para o Real Madrid. Entretanto, o time que estreia pelo Mundial de Clubes, nesta terça-feira, contra o Fluminense, viveu uma crescente nos primeiros seis meses de 2025.

Foi o segundo semestre de 2024 que prejudicou a temporada. O time alemão trocou o comando em 22 de janeiro, anunciando a demissão de Nuri Sahin. O croata Niko Kovac foi contratado para o seu lugar.

O técnico conseguiu passar pelo Sporting na repescagem da Champions e ainda eliminou o Lille, nas oitavas de final. Na fase seguinte, porém, o Borussia não conseguiu fazer frente ao Barcelona e caiu do torneio.

A melhora a partir da chegada do croata é notória a partir do Campeonato Alemão. Kovac estreou na 21ª rodada, quando o Borussia tinha oito vitórias, cinco empates e sete derrotas e ocupava a 11ª posição da tabela.

A equipe terminou em quarto, atrás de Eintracht Frankfurt, Bayer Leverkusen e o campeão Bayern de Munique, mas classificado novamente à Champions. O desempenho com o novo treinador, porém, contrasta com a primeira parte da liga. Kovac fechou o Alemão com nove vitórias, um empate e quatro derrotas, aproveitamento de 66,6%.

“A equipe está se desenvolvendo bem. Em termos técnicos, táticos, mentais e físicos, já estamos em um caminho muito bom”, elogiou ao final da temporada. Mas fez a ressalva: “Certamente ainda não estamos onde queremos estar. Não se poderia esperar que isso acontecesse. É preciso dar aos jogadores o tempo que eles precisam. A mentalidade, a abordagem, mudou”.

O diretor esportivo do clube alemão, Sebastian Kehl, espera que o Mundial de Clubes seja utilizado para uma evolução que começou já no fim da temporada. “Usaremos o Mundial de Clubes para continuar trabalhando nessas questões. No entanto, acredito que, dada a constelação de técnico e equipe, e os objetivos que conseguimos alcançar, a perspectiva não é tão ruim, nem tão sombria quanto foi retratada por um tempo”, refletiu.

Ele revelou que o clube fez um trabalho de estudo sobre os adversários. Além do Fluminense, Ulsan HD (Coreia do Sul) e Mamelodi Sundowns (África do Sul) fecham o Grupo F.

“São times que você não enfrenta todos os dias, times que você tem que estudar intensamente. Fizemos isso. Depois, temos as condições climáticas e o fuso horário. Mas tudo isso é algo que estamos felizes em enfrentar, porque trabalhamos muito e arduamente para poder participar desta competição”, diz Kehl. O Borussia classificou pelo ranking da Uefa.

O principal reforço do time para o torneio (e para a próxima temporada) é Jobe Bellingham, irmão mais novo do astro do Real Madrid e que já passou pelo clube alemão. “Ele está a todo vapor, tendo jogado um pouco mais que os outros. Ele é um bom rapaz, muito aberto, mas é claro que também tem a mentalidade, a disciplina e o profissionalismo certos. Ele deixou sua marca nos treinos, logo nos primeiros dias”, avaliou Kehl.

O garoto de 19 anos contrasta com um time “cascudo”. A escalação da última partida, a vitória por 3 a 0 pela última rodada da Bundesliga contra o Holstein Kiel, tinha média de idade de 27,3 anos.

Em comparação com o Fluminense que venceu o Internacional, pelo Brasileirão, contudo, o Borussia é mais jovem. A escalação do time carioca tinha média de 31,6 anos naquela partida.

Alguns titulares de Renato Gaúcho são veteranos: o goleiro Fábio (44 anos), os zagueiros Thiago Silva (40) e Thiago Santos (35), os laterais Samuel Xavier (35) e Renê (32), o meia Ganso (35) e o atacante Everaldo (33).

Fábio, aliás, é o jogador mais velho do Mundial de Clubes, seguido por Thiago Silva. O mais jovem é do Urawa Red Diamonds, do Japão. Trata-se do meia Takeshi Wada, que completou 16 anos em 5 de junho. Depois dele, está o ponta do Borussia, Mathis Albert, de 16 anos e 27 dias.

BORUSSIA DORTMUND TEM HISTÓRICO POSITIVO CONTRA BRASILEIROS, MAS SOFREU GOLEADA DO PALMEIRAS DE LUXEMBURGO

Ao todo, o Borussia Dortmund tem nove jogos contra brasileiros. São quatro vitórias, dois empates e três derrotas. Em jogos oficiais, o clube venceu o Cruzeiro, pelo Mundial de 1997. Os alemães venceram os mineiros por 2 a 0, em Tóquio. Em 1996, o adversário foi o Palmeiras, na Copa Euro-América, um torneio amistoso da época. Os paulistas golearam por 6 a 1, sob comando de Vanderlei Luxemburgo.