O chefe da diplomacia da União Europeia (UE), Josep Borrell, pediu às forças navais dos países membros que patrulhem o Estreito de Taiwan, em um artigo publicado neste domingo (ainda sábado, 22, no Brasil) por um veículo de comunicação francês.

A Europa deve estar “muito presente neste assunto que nos diz respeito no plano econômico, comercial e tecnológico”, escreveu Borrell no Journal du Dimanche. “Por isso, peço às marinhas europeias que patrulhem o Estreito de Taiwan para mostrar o apego da Europa à liberdade de navegação nesta zona absolutamente crucial”.

“Taiwan é crucial para a Europa”, declarou Borrell na terça-feira, durante a abertura de um debate no Parlamento Europeu centrado na China.

“Trata-se do estreito mais estratégico do mundo, especialmente no que se refere ao comércio: devemos estar presentes lá por meio de operações de liberdade de navegação”, defendeu Borrell.

“Taiwan faz parte absolutamente do nosso perímetro estratégico para garantir a paz, para defender nossos interesses”, acrescentou o chefe da diplomacia da UE.

Suas declarações vieram duas semanas após os comentários controversos do presidente francês, Emmanuel Macron, após uma visita à China, quando instou os países europeus a “não serem seguidores” dos Estados Unidos nem da China.

A China considera Taiwan uma província rebelde e parte de seu território, que pretende recuperar, inclusive por meio da força, se necessário.

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