O atacante colombiano Miguel Borja, do Palmeiras, atingiu na última quarta-feira a marca de 100 partidas pelo clube, mas não tem muito mais feitos para comemorar. O jogador vive um dos piores momentos no time ao ter um longo jejum de gols e pouca sequência como titular justamente às vésperas da convocação da Colômbia para a disputa da Copa América.

Titular na partida do time na quarta-feira contra o San Lorenzo, Borja não foi bem e aos 15 minutos do segundo tempo deixou o campo para dar lugar a Arthur Cabral. A participação no jogo encerrou um período de 46 dias sem entrar em campo. Antes da partida pela Copa Libertadores, o colombiano havia atuado somente na ida das quartas de final do Campeonato Paulista contra o Novorizontino.

A distância da formação titular se deve primeiramente à escolha do técnico Luiz Felipe Scolari por Deyverson, assim como uma lesão sofrida por Borja. No entanto, o jejum de gols também ajuda a explicar a perda de espaço. O atacante não balança as redes desde o final de fevereiro, quando o Palmeiras bateu o Ituano por 3 a 2, pelo Paulistão. Já são mais de 70 dias sem marcar.

Contratado pelo Palmeiras em 2017 por R$ 33 milhões, Borja viveu no ano da sua chegada um dos períodos mais complicados da carreira. O jogador marcou 10 gols em 43 jogos, uma média de 0,23 por partida. Curiosamente, é exatamente o mesmo índice da temporada atual, em que o jogador anotou três vezes em 13 participações pelo clube no ano.

Em 2018, o jogador evoluiu e mostrou mais adaptação ao futebol brasileiro ao marcar 20 vezes em 44 jogos. Borja ainda foi artilheiro do Paulistão e da Libertadores, assim como foi convocado para defender a seleção colombiana na Copa do Mundo da Rússia e em amistosos internacionais.

A diretoria do Palmeiras recebeu inclusive sondagens pelo jogador nos últimos anos. Contatos vindos do México, Estados Unidos e Europa chegaram à mesa do presidente do clube, Mauricio Galiotte. Mesmo quando essas oportunidades de negócio foram em momentos de má fase do colombiano, a decisão foi por dar prestígio ao jogador e acreditar no potencial dele.