Boris Johnson vive seus últimos momentos como primeiro-ministro do Reino Unido. De acordo com a emissora britânica BBC e a agência de notícias AFP, o governante vai renunciar do cargo após um novo escândalo atingir seu mandato, dessa vez com a acusação de assédio sexual envolvendo Chris Pincher, parlamentar conservador próximo a Johnson.
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Mais de 30 funcionários de alto escalção do governo renunciaram até esta quinta-feira (7), inclusive Rishi Sunak, ministro do Tesouro, e Sajid Javid, ministro da Saúde. As demissões ampliaram a sensação de que o primeiro-ministro está enfraquecido e sem apoio até mesmo dentro de seu partido.
Agora, Johnson é o líder britânico com mais pedidos de demissão desde 1932. Mesmo assim, o primeiro-ministro lutou contra antigos aliados e afirmou que não deixaria o cargo, mesmo estando aberto a questionamentos no Parlamento. A situação, porém, ficou insustentável.
A crise no governo começou em 30 de junho, quando o jornal The Sun publicou que o conservador Chris Pincher assediou sexualmente dois homens em um clube privado de Londres. Ele é próximo de Boris Johnson. Logo depois, a mídia britânica publicou outros casos envolvendo de assédio do governante nos últimos anos.
Pincher pediu desculpas pelos casos, foi suspenso pelo Partido Conservador e afirmou que vai ajudar nas investigações. A crise atinge diretamente Johnson porque o governo teria engavetado denúncias contra Pincher em anos anteriores e nada fez para tirá-lo do cargo.
A outra crise que atingiu o governo britânico ocorreu durante a pandemia de Covid-19, quando Johnson apareceu em reuniões e comemorações enquanto o resto do país vivia sob duras restrições sanitárias.
Com a saída de Johnson, o Partido Conservador começa a se reunir para definir quem será o novo primeiro-ministro britânico até as próximas eleições.