Para quem já chegou ao índice de massa corporal de 34,7 — sendo que o indicador de 35 é o que separa a obesidade moderada da obesidade grave, o primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, tem de fato muito a comemorar: “estou feliz, já perdi muitos quilos. Eu estava muito gordo”, escreveu ele na semana passada nas redes sociais. Johnson, após contrair o novo coronavírus, que torna a Covid-19 ainda mais agressiva nos obesos, passou a se cuidar e está incentivando todos os britânicos a fazerem o mesmo. O primeiro-ministro tem um 1,78m de altura e chegou a pesar pouco mais de 110 quilos. Ao se recuperar da doença, ele valeu-se de extrema sinceridade ao declarar que o medo da morte é que o levou a pensar na saúde, abandonando a mania de empanturrar-se, todas as noites, com enormes quantidades de frios e de queijos. Na Inglaterra, aproximadamente 8% dos pacientes de Covid-19, hospitalizados e necessitados de UTI, sofrem de obesidade grave. “Estou perto dos oitenta quilos, um peso normal”, alegra-se Johnson. A cada dia, o que se vê é que ele se transformou em outra pessoa, exercitando o corpo e com a autoestima elevada — seja andando ou correndo, ao seu lado está o inseparável companheiro, o vira-latas Dilyn. “Estou correndo sempre mais rápido”, diz o premiê. Johnson espera não mais engordar, porque ao longo da vida viu-se sempre como uma fácil presa do chamado efeito sanfona. “Dessa vez vou fixar meu peso. E sem autoritarismo quero convencer todos os britânicos a se cuidarem”, assegura ele.

LAVA JATO
A condenação de Sílvio Pereira, quinze anos após o crime

Eu não podia ter esse carro, pedi desculpa, reconheci o meu erro publicamente (Crédito:Danilo Verpa)

Nada anormal se alguém já esqueceu o nome de Sílvio Pereira, pois lá se vão quinze anos que ele protagonizou um dos primeiros grandes escândalos envolvendo o PT em corrupção. Era o governo de Lula como presidente e Silvinho, como é conhecido, tinha o cargo de secretário-geral da legenda. Agora saiu a sua sentença condenatória pela Lava Jato: quatro anos e cinco meses de prisão, em regime semiaberto. O crime que Silvio cometeu é o de corrupção passiva: recebeu um automóvel Land Rover da GDK, empresa fornecedora da Petrobras.

CIDADES
O presidente e o idoma em Sete Lagoas

O minúsculo município mineiro de Sete Lagoas tem somente duzentos e quarenta mil habitantes. Ainda assim, está dividido. Alguns empresários colocaram nas principais ruas da cidade outdoors com a frase “7 Lagoas apóia Bolsonaro” — poderiam pelo menos ter acertado na ortografia da frase escolhida, porque “apoia” não tem acento. Em resposta, parte da população contrária ao presidente da República também se valeu de outdoors com os dizeres “7 Lagoas apoia a Ema que bicou Bolsonaro”. Escreveram a palavra corretamente. Referem-se ao caso em que o presidente, brincando de correr atrás de emas enquanto se recuperava da Covid-19, no Palácio da Alvorada, acabou bicado por uma delas.

ECONOMIA
O lobo-guará dos R$ 200,00

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Uma nova cédula passará a circular em agosto no País. O Banco Central aprovou a nota de R$ 200,00 porque, segundo uma das diretoras da instituição, Carolina Barros, “a demanda existe e precisamos atendê-la”. O objetivo é imprimir quatrocentos e cinquenta milhões de cédulas até o final do ano. Assim, vão para as ruas cerca de R$ 90 bilhões. Na nota estará estampada a imagem do lobo-guará, animal ameaçado de extinção.

R$ 90 bilhões estarão circulando no País, até dezembro, em notas de R$ 200,00 

MEIO AMBIENTE
A Samarco quer cortar o auxílio emergencial às vítimas de Mariana

Lucas Lacaz Ruiz

Cinco anos depois do rompimento da barragem de Fundão, na cidade mineira de Mariana, a Samarco prevê a retomada das atividades nos estados atingidos pela lama tóxica: Minas Gerais e Espírito Santo. O rio Doce, que corta a região e foi contaminado pelos rejeitos da mineração, está morto. Essa é uma fala unânime dos moradores. Já a Samarco, empresa acionista da Vale, diz o contrário: as águas voltaram à normalidade e, por isso, a mineração deve ser reativada. Importante detalhe: com tal projeto a Samarco pode suspender o auxílio emergencial a sete mil pessoas que ainda sofrem graves consequências da tragédia.

COVID-19
Vinhos da Alsácia viram desinfetantes para as mãos

Divulgação

A produção de vinhos na região francesa da Alsácia é uma das mais famosas em todo o mundo. Os vinicultores da região estão desesperados, embora não se neguem a ajudar as pessoas acometidas pela Covid-19. A causa do desespero: parte do vinho produzido está sendo encaminhada para indústrias que a transformam em produtos antissépticos para as mãos — em linguagem direta, os vinhos da Alsácia estão virando desinfetantes. Não apenas o coronavírus responde pela crise dos vinhos franceses; Donald Trump, também. O presidente americano taxou em 25% a importação, abalando sensivelmente o mercado.

 


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