A polêmica envolvendo o ingresso de Novak Djokovic na Austrália para a disputa do Aberto do país pode causar reflexos na participação do tenista sérvio em importantes Grand Slams. Em 2021, Djokovic enfileirou troféus e pôde entrar com tranquilidade no Reino Unido (Torneio de Wimbledon), Estados Unidos (US Open) e França (Roland Garros) sem necessidade de comprovar vacinação.

O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, comentou o caso de Novak Djokovic e defendeu que todos se vacinem, diante dos números positivos que a imunização apresenta na prevenção da evolução da covid-19. Johnson considera a vacinação algo “fantástico”.

“É importante que as autoridades australianas tomem suas próprias decisões. Tudo o que posso dizer sobre o tema Novak Djokovic – contra que, por certo, joguei tênis – é que eu acredito na vacinação e entendo ser algo fantástico”, afirmou o primeiro-ministro se esquivando de avaliar a decisão da Justiça da Austrália de liberar a entrada do sérvio no país.

Atualmente, a entrada de visitantes no Reino Unido está liberada diante da apresentação de um teste PCR negativo. Depois, é necessário o cumprimento de 10 dias de quarentena, durante os quais será necessária a realização de outros dois testes (no segundo e no oitavo dia). Em Londres, um teste negativo no quinto dia libera o visitante do restante da quarentena.

“Creio que todo o mundo deveria confiar no programa de vacinação, porque ele permite ao nosso país ser uma das melhores economias da Europa e, ao mesmo tempo, ajuda a proteger todo o mundo. (A imunização) tem grandes vantagem”, argumentou Boris Johnson.

Os documentos apresentados pela defesa do tenista Novak Djokovic, nesta segunda-feira, à justiça australiana revelam que o sérvio não está vacinado. Anteriormente, não se podia confirmar a falta da imunização uma vez que o sérvio apenas negava a apresentação do comprovante. Ainda não se sabe se haverá mudanças nos protocolos de recepção de tenistas nos Grand Slam a partir da explosão de casos de covid-19 com a descoberta da variante Ômicron.