O presidente do Chile, Gabriel Boric, visitou neste sábado (2) os parentes dos cinco trabalhadores presos a 1.200 metros de profundidade na mina subterrânea El Teniente, onde um desabamento matou uma pessoa na quinta-feira, e prometeu não poupar recursos na busca.
Com 4.500 km de galerias, El Teniente é a maior jazida subterrânea de cobre do mundo, de propriedade da estatal Codelco, a maior produtora mundial de cobre.
“Nada deve ser poupado aqui para resgatar os cinco mineiros”, disse Boric depois de se reunir com as famílias dos trabalhadores nos escritórios da Codelco em Rancagua, 100 km ao sul de Santiago, onde a mina está localizada.
Pelo menos 100 socorristas estão envolvidos na operação, mas até o momento não foi feito contato com os trabalhadores, cuja localização é conhecida pelos dispositivos eletrônicos que eles carregavam.
A busca é “tremendamente complexa”, mas “a Codelco tem todos os recursos, experiência e tecnologia para realizá-la”, acrescentou.
Na quinta-feira, o local sofreu um colapso causado por um “abalo sísmico”, cuja origem – natural ou gerada pela perfuração – ainda está sendo investigada.
O acidente matou um trabalhador e feriu outros nove.
As atividades na mina foram interrompidas na sexta-feira após uma ordem emitida pelo Ministério de Mineração para facilitar a busca.
El Teniente produziu 356.000 toneladas do metal no ano passado, 6,7% de todo o cobre do Chile, o maior produtor mundial, com 5,3 milhões de toneladas por ano.
Em um relatório atualizado neste sábado, a Codelco informou que as equipes de resgate conseguiram remover 2.200 das 5.000 toneladas de material para chegar à galeria onde os trabalhadores estão localizados.
As buscas envolvem especialistas que participaram do resgate bem-sucedido dos 33 mineiros que ficaram presos em uma mina no deserto do Atacama em 2010.
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