SANTIAGO DO CHILE, 24 SET (ANSA) – O presidente do Chile, Gabriel Boric, oficializou na Assembleia Geral das Nações Unidas a candidatura de Michelle Bachelet para suceder António Guterres na liderança da ONU a partir de 2027.
Se eleita, Bachelet, ex-presidente chilena por duas vezes, seria a primeira mulher e a segunda personalidade da América Latina, depois do peruano Javier Pérez de Cuéllar, a ocupar o cargo de secretária-geral da organização em seus 80 anos de história.
Boric declarou que Bachelet é “uma figura capaz de unir Norte e Sul, Leste e Oeste”, enfatizando ainda a necessidade da ONU de rever seu “histórico desequilíbrio de gênero”.
A ex-chefe de Estado já teve papeis de destaque dentro do sistema das Nações Unidas, tendo ocupado, por exemplo, a posição de diretora da ONU Mulheres e de alta comissária para os Direitos Humanos, uma experiência que, segundo Boric, lhe confere “empatia, determinação e capacidade de tomada de decisão”.
A candidatura de Bachelet ocorre em meio a um cenário competitivo, com outros nomes latino-americanos na disputa, como o do diplomata argentino Rafael Grossi e da mexicana Alicia Bárcenas, secretária de Meio Ambiente e Recursos Naturais de seu país. (ANSA).