O vocalista do grupo irlandês U2 Bono conversou nesta quarta-feira com o papa Francisco os numerosos escândalos de abusos sexuais atribuídos ao clero em todo o mundo, e falou da “dor” sincera do pontífice argentino.

“Como eu acabo de chegar da Irlanda falamos sobre os sentimentos do papa sobre o que aconteceu na Igreja e eu expliquei que havia muitos que sentiam que aqueles que cometeram abusos eram mais protegidos do que as vítimas”, disse Bono durante uma coletiva de imprensa no Vaticano.

“Pode-se ver a dor em seu rosto. E eu tive a sensação de que ele era sincero. É um homem extraordinário em tempos extraordinários”, disse o astro pop de 58 anos.

“Eu sofri muito” ao falar com oito vítimas irlandesas de abusos sexuais, reconheceu o próprio papa depois de uma viagem de dois dias à Irlanda no final de agosto.

Sua visita, já quase inteiramente focada nos abusos do clero e de instituições religiosas na Irlanda, foi parasitada pelas alegações de um prelado italiano, segundo quem o papa ignorou deliberadamente o comportamento de um cardeal americano suspeito de abusos contra jovens seminaristas e padres.

Bono se reuniu por uma hora e meia com o papa em sua residência de Santa Martha, no Vaticano, acompanhado pelo presidente da rede educacional argentina Scholas, José María del Corral.

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