Pelo menos 35 pessoas morreram e mais de uma centena ficaram feridas em bombardeios israelenses contra infraestruturas dos huthis no Iêmen, indicou o grupo rebelde, que controla a capital e amplas partes do país.
“O número de mártires entre os cidadãos vítimas do pérfido crime sionista aumentou para 35”, declarou na rede X o porta-voz do Ministério da Saúde huthi, Anees Alasbahi, assinalando ainda 131 feridos.
Em um primeiro balanço, havia informado de nove mortos e 118 feridos.
Israel confirmou que bombardeou “alvos militares” huthis em Saná e na região de Al Jawf, no norte do Iêmen. Na véspera, havia anunciado que interceptou um míssil disparado a partir desse país.
A televisão dos huthis, Al Masirah, informou sobre vários mortos em um edifício das forças huthis que foi atingido. “Mártires, feridos e várias casas danificadas no ataque israelense”, apontou o canal.
“Nossas defesas aéreas enfrentam atualmente aviões israelenses que lançam uma agressão contra nosso país”, declarou no Telegram o porta-voz militar huthi, Yahya Saree.
Segundo dois jornalistas da AFP em Saná, o bombardeio atingiu um edifício utilizado pelas forças armadas huthis. A Al Masirah também indicou que os bombardeios atingiram edifícios governamentais em Jawf.
Entre os alvos dos israelenses havia “campos militares onde foram identificados membros do regime terrorista; a sede das relações públicas militares dos huthis e um local de armazenamento de combustível”, precisou o Exército.
Esse ataque ocorreu três dias depois de um drone lançado do Iêmen ferir um homem no aeroporto de Ramon, no sul de Israel.
Em 28 de agosto, o então primeiro-ministro iemenita, Ahmed Ghaleb Naser al Rahawi, nove ministros e dois funcionários de seu gabinete morreram em um bombardeio israelense em Saná.
Após esse ataque, os rebeldes huthis, apoiados pelo Irã, prometeram intensificar suas ações contra Israel.
Desde o início da guerra na Faixa de Gaza entre o Hamas e o Exército israelense, em outubro de 2023, os huthis lançaram numerosos ataques com drones e mísseis contra Israel. O grupo afirma que atua em solidariedade com os palestinos.
Em resposta, Israel lançou vários ataques contra o Iêmen, dirigidos a portos controlados pelos huthis e contra a capital.
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