O balanço do bombardeio israelense na cidade de Hodeida, no Iêmen, subiu para seis mortos, informaram neste domingo (21) as autoridades sanitárias dos rebeldes houthis.

Em um comunicado divulgado pela mídia houthi, o Ministério da Saúde indicou que “seis pessoas foram martirizadas, três ainda estão desaparecidas e outras 83 ficaram feridas” nos bombardeios israelenses de sábado, revisando para cima um número anterior, que registrava três mortos e 87 feridos.

Aliados do Irã, arqui-inimigo de Israel, dos rebeldes iemenitas houthis e do movimento libanês Hezbollah abriram frentes contra Israel, em “apoio” aos palestinos da Faixa de Gaza, sitiada e bombardeada por Israel desde 7 de outubro.

Israel bombardeou o porto ocidental de Hodeida em resposta a um ataque de drone houthi em Tel Aviv no sábado.

Segundo o Exército israelense, a zona portuária atacada era utilizada para o “fornecimento de armas iranianas do Irã ao Iêmen”, como “o drone utilizado” contra Tel Aviv.

Em resposta, os houthis reiteraram as suas ameaças contra Israel.

“Responderemos a esta agressão (…). Não hesitaremos em atacar alvos vitais do inimigo israelense” disse Yahya Saree, porta-voz militar dos insurgentes.

O ministro da Defesa israelense, Yoav Gallant, alertou que o Exército agiria novamente contra os houthis se eles “ousassem atacar” Israel novamente.

Neste domingo, o Exército israelense anunciou que interceptou um míssil disparado do Iêmen em direção à cidade de Eilat, no mar Vermelho.

Yahya Saree confirmou que mísseis foram disparados contra Eilat.

O Ministério das Relações Exteriores iraniano condenou “os ataques do regime sionista” no Iêmen e afirmou que considera Israel e os seus aliados, incluindo os Estados Unidos, “responsáveis pelas perigosas consequências da continuação dos crimes em Gaza e dos ataques contra o Iêmen”.

Há meses os houthis realizam ataques no Mar Vermelho e no Golfo de Áden contra navios vinculados, segundo eles, a Israel, em solidariedade com os palestinos em Gaza, e lançam mísseis contra cidades israelenses, embora a maioria tenha sido abatida.

A guerra em Gaza eclodiu em 7 de outubro, quando comandos islamistas do Hamas e de outros grupos palestinos mataram 1.195 pessoas, a maioria civis, e sequestraram 251 no sul de Israel, segundo uma contagem baseada em dados oficiais israelenses.

O Exército israelense estima que 116 pessoas permanecem cativas em Gaza, 42 das quais teriam morrido.

Em resposta, Israel lançou uma ofensiva que já matou 38.983 pessoas em Gaza, a maioria civis, segundo o Ministério da Saúde do território governado pelo Hamas.

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