Bombardeios americanos deixam dois mortos no Iêmen, diz imprensa ligada aos huthis

Ao menos duas pessoas morreram e 11 ficaram feridas em bombardeios durante a noite na capital do Iêmen e suas imediações, informou neste domingo (20) a imprensa controlada pelos rebeldes huthis, que atribuiu os ataques aos Estados Unidos.

A rede Al Masirah, vinculada aos rebeldes, informou sobre as mortes e citou uma “agressão americana” contra Sanaa, a capital do Iêmen, e as imediações da cidade, no distrito de Bani Matar.

O canal de televisão citou como fonte o Ministério da Saúde, controlado pelo grupo rebelde próximo ao Irã, e também relatou bombardeios nas províncias de Marib e Amran.

Os huthis denunciaram na sexta-feira que uma série de bombardeios americanos contra o estratégico porto de Ras Isa deixou 80 mortos e 150 feridos.

O ataque foi o mais letal desde que Washington iniciou a campanha militar contra o grupo há 15 meses, para conter a ofensiva que os huthis iniciaram contra navios no

Os rebeldes iemenitas, que controlam grandes faixas de território do país, começaram os ataques no final de 2023, em apoio aos palestinos da Faixa de Gaza, cenário de uma guerra entre o movimento islamista Hamas e Israel.

O secretário-geral da ONU, Antonio Guterres, afirmou no sábado que está “seriamente preocupado” com os bombardeios dos Estados Unidos, após o relato dos huthis sobre os ataques de sexta-feira.

A ofensiva dos rebeldes impede a passagem de navios por uma rota por onde normalmente transitam 12% do tráfego marítimo mundial.

Muitas empresas foram obrigadas a adotar desvios caros para contornar o extremo sul da África.

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