Bombardeio israelense a instalações dos huthis deixa mortos no Iêmen, diz grupo rebelde

Israel bombardeou, nesta quarta-feira (10), a capital do Iêmen, Sanaa, controlada pelos huthis, incluindo um edifício militar onde várias pessoas morreram, indicou o grupo rebelde.

Israel confirmou que bombardeou “alvos militares” huthis em Sanaa e na região de Al Jawf, no norte do Iêmen.

A rede de televisão huthi Al Masirah relatou vários mortos em um edifício das forças destes rebeldes iemenitas que foi atingido. “Mártires, feridos e várias casas danificadas no ataque israelense”, indicou a emissora.

“Nossas defesas aéreas enfrentam atualmente aviões israelenses que lançam uma agressão contra nosso país”, declarou o porta-voz militar huthi, Yahya Saree, no Telegram.

Segundo dois jornalistas da AFP na capital do Iêmen, o bombardeio atingiu um prédio utilizado pelas forças armadas huthis. A Al Masirah também indicou que os bombardeios alcançaram edifícios governamentais em Jawf.

Em um comunicado, o Exército israelense confirmou, por sua vez, que atacou “alvos militares” huthis “nas regiões de Sanaa e de Al Jawf”. Um dia antes, havia anunciado a interceptação de um míssil disparado do Iêmen.

Entre os alvos dos israelenses estavam “campos militares onde membros do regime terrorista foram identificados; a sede das relações públicas militares dos huthis e um sítio de armazenamento de combustível”, especificou o Exército.

Este ataque ocorreu três dias depois de um drone lançado do Iêmen ferir um homem no aeroporto de Ramon, no sul de Israel.

Em 28 de agosto, o então primeiro-ministro iemenita, Ahmed Ghaleb Nasser al-Rahawi, nove ministros e dois funcionários de gabinete foram mortos em um bombardeio israelense contra Sanaa.

Após o ataque, os rebeldes iemenitas, apoiados pelo Irã, prometeram intensificar suas ações contra Israel.

Desde o início da guerra na Faixa de Gaza entre o Hamas e o Exército israelense, em outubro de 2023, os huthis lançaram inúmeros ataques com drones e mísseis contra Israel. O grupo afirma agir em solidariedade aos palestinos.

Em resposta, Israel lançou vários ataques contra o Iêmen, visando portos controlados pelos huthis e a capital, Sanaa.

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