Os Estados Unidos precisam enfrentar o “comportamento predador” de Pequim e Moscou na África, declarou nesta quinta-feira o assessor de Segurança Nacional, John Bolton, ao defender uma nova estratégia para o continente.

“As grandes potências adversárias – China e Rússia – ampliam rapidamente sua influência financeira e política na África”, advertiu Bolton em discurso na Fundação Heritage em Washington.

“Eles dirigem de maneira deliberada e agressiva seus investimentos à região para aumentar suas vantagens comparativas sobre os Estados Unidos”, disse Bolton, denunciando “subornos”, “acordos obscuros”, o recurso chinês à dívida para “ter como reféns os Estados africanos” e o saque russo de recursos naturais.

Segundo a administração do presidente Donald Trump, “os comportamentos predadores de China e Rússia fream o crescimento econômico da África” e são “uma ameaça significativa aos interesses nacionais americanos”.

Bolton defendeu que os países africanos assumam sua própria segurança e declarou que é preciso “racionalizar, revisar ou acabar” com as missões da ONU no Continente que não favorecem “uma paz duradoura”.

“Nosso objetivo é resolver os conflitos e não congelá-los indefinidamente”, insistiu o ex-embaixador americano na ONU, que citou a operação das Nações Unidas no Saara ocidental.

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Bolton também prometeu examinar minuciosamente a ajuda econômica americana ao continente, um exercício que concluirá “em breve” para que apresente resultados, no momento em que Trump pretende cortar drasticamente os recursos destinados à diplomacia americana.

“Lamentavelmente, bilhões de dólares dos contribuintes americanos não deram os resultados esperados” na África, avaliou Bolton.

“A partir de agora, os Estados Unidos não tolerarão esta tradição de ajudar sem obter resultados, de dar ajuda sem responsabilidade e de proporcionar apoio sem reformas”.


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