Jair Bolsonaro está aboletado em Brasília há 30 anos. Já trocou de partido umas 200 vezes. Já foi base de apoio de Lula, de Dilma e de Temer. Bolsonaro é do tipo “pague e leve”. É do tipo, também, que esquece em 15 dias o que fez nos últimos 15 dias. Aliás, não esquece, não. Apenas finge. Ele lembra do que quer, se e quando lhe convém.

Um dos mantras que o amigão do Queiroz adorava citar durante a campanha de 2018 dizia respeito à Copa do Mundo de 2014. E tinha razão! Um país miserável como o Brasil jamais poderia dispor de tanto dinheiro para realizar eventos como este, ou mesmo as Olimpíadas de 2016. Mas eram tempos de PT e da cleptocracia lulopetista.

Os gado bolsonarista, assim como o gado lulista, cirista e quaisquer outras espécies do gênero eleitor-cego-fanático-idiota-robotizado, é incapaz de pensar por si mesmo e repete, “ipsis litteris”, qualquer coisa que o “mito” lhe sopra às orelhas cumpridas e pontudas. Ao toque do berrante, lá vão os quadrúpedes saltitando de alegria e subserviência.

O pai do senador das rachadinhas e da mansão de 6 milhões de reais invocava a desastrosa fala de Ronaldo, “não se faz Copa do Mundo com hospitais”, e a gadolândia o repete até hoje. Só que jamais souberam – ou sabem e não se importam – que o papai Bolso votou a favor da Medida Provisória 527, que instituiu o RDC (Regime Diferenciado de Contratações).

Sim, o devoto da cloroquina foi um dos que abriu a porteira para a farra da gastança e da corrupção, quando era deputado federal pelo “ilibado” PP (Partido Progressista), que, ao lado do PT (Partido dos Trabalhadores), abriga o maior número de investigados e condenados no Petrolão. Como se vê, rachadinha é a face mais suave e pura do bolsonarismo.

O Brasil não tem hospitais apenas por causa da Copa do Mundo, mas também por ela. E não contamos 315 mil mortes por Covid-19 apenas por causa do maníaco do tratamento precoce, mas também por ele. Nossos problemas têm como causa comum e inicial algo mais simples: o voto! É ele que, nas mãos de bolsominions e afins, arrasta o País para o brejo da miséria, do atraso, da corrupção e, no limite, das mortes por coronavírus.