O presidente Jair Bolsonaro vai vetar qualquer projeto de legalização dos jogos que sair do Congresso Nacional para sua mesa, mas liberará a base governista para derrubar os seus vetos.

Ele sonha com um cassino num resort em Angra dos Reis (O seu Caribe brasileiro e onde tem reduto eleitoral e casa de praia), mas precisa também do eleitor evangélico, que é contra a jogatina.

Bastidores

Tudo começou ainda na transição de Governo, após a eleição de 2018. Bolsonaro e o então apontado seu ministro da Economia, Paulo Guedes, entraram pelas portas dos fundos do Copacaba Palace para visitar Sheldon Adelson, o magnata dos cassinos dos Estados Unidos e Ásia.

Ele era o maior patrocinador de Donald Trump, presidente americano àquela ocasião, e foi indicado por Trump para abrir negócios no Brasil.

Isso, porém, dependeria da regularização dos jogos. Esboçou-se, então, um projeto de aprovação de resorts integrados com cassinos – um projeto nascido no clã Bolsonaro e pelas mãos do senador Irajá Abreu (PSD-TO). Por isso Irajá e o senador Flávio Bolsonaro (Patriota-RJ) visitaram Las Vegas ano passado.

O projeto avançava, mas Adelson faleceu e seu lobby se perdeu no Congresso Nacional – ele chegou fazer uma única visita a Brasília para conversar com líderes e Bolsonaro. Hoje, há projetos variados avançando devagar na Câmara e Senado: o deste, de resorts com cassinos, o que legaliza bingos e cassinos e jogos eletrônicos, entre outros.