O presidente Jair Bolsonaro entregou na tarde desta quarta-feira, 20, ao Congresso Nacional a proposta de reestruturação do sistema de proteção social das Forças Armadas. O presidente afirmou que “as Forças Armadas contribuem sempre que a pátria necessita”. Bolsonaro pediu que a reforma da Previdência seja totalmente aprovada até, no máximo, o meio do ano. “Se a Previdência não der certo, ficaremos em situação complicada”, disse.

Bolsonaro estava acompanhado dos ministros da Economia, Paulo Guedes, e da Casa Civil, Onyx Lorenzoni. O envio do texto dos militares era aguardado pelos parlamentares para que a proposta de emenda à Constituição da reformulação da Previdência geral comece a tramitar de fato. Ela foi entregue há exatamente um mês e ainda não avançou.

Bolsonaro chegou ao Brasil nesta manhã após visita oficial aos Estados Unidos e, durante a manhã, discutiu com ministros e técnicos a proposta da previdência dos militares. Antes de seguir para o Planalto, ele recebeu o filho, senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), e em seguida o ministro da Educação, Vélez Rodriguez.

A reunião também contou com a participação do secretário especial de Previdência, Rogério Marinho, do vice-presidente e de ministros e dos comandantes das Forças Armadas. O encontro durou mais de três horas e terminou por volta das 13h30. Nenhum dos participantes falou com a imprensa e declarações só devem ser feitas no Congresso.

Negociações

Jair Bolsonaro recebeu o texto antes de embarcar de volta ao País e passou parte da viagem analisando duas versões do texto.

Segundo apurou o Estadão/Broadcast, a equipe econômica defende junto ao presidente Jair Bolsonaro uma proposta de reforma dos militares que garanta uma economia líquida de cerca de R$9 bilhões em dez anos, já descontado o custo para aprovar a reestruturação das carreiras.

Para chegar a esse saldo positivo, os técnicos precisaram apertar a proposta que muda as regras de aposentadoria para chegar a uma economia de R$ 110 bilhões na primeira década. Inicialmente, a projeção do governo era poupar R$ 92,3 bilhões com o projeto, como constou na própria proposta apresentada em 20 de fevereiro.