Já destaquei dezenas de vezes, mas não custa lembrar: homicida é um adjetivo de dois gêneros que indica “aquele que acarreta ou pode acarretar a morte de muitas pessoas”.

Há alguma dúvida de que, com o recorde de casos e de vítimas fatais por Covid-19, a má conduta do presidente da República “pode acarretar a morte de muitas pessoas”?

Há alguma dúvida de que, incentivar e promover aglomerações, criticar o uso de máscaras e não prover e desdenhar as vacinas ”pode acarretar a morte de muitas pessoas”?

Há alguma dúvida de que, propagandear tratamentos fictícios e remédios ineficazes, levando a crer que salvam contra o coronavírus, ”pode acarretar a morte de muitas pessoas”?

Há alguma dúvida de que, ao definir o ministro da Saúde, não por critérios técnicos, mas, sim, políticos e ideológicos, como já fez, aliás, ”pode acarretar a morte de muitas pessoas”?

Há alguma dúvida de que, pensando exclusivamente na própria reeleição, enquanto abandona as melhores práticas sanitárias, ”pode acarretar a morte de muitas pessoas”?

Há alguma dúvida de que, entre se “foder” e “foder” os brasileiros, o verdugo do Planalto opta pela segunda opção, sem pestanejar, e ”pode acarretar a morte de muitas pessoas”?

Aliás, o amigão do Queiroz e pai do senador das rachadinhas e da mansão de 6 milhões de reais fritou o ex-ministro Sergio Moro porque “não vou esperar foder minha família”.

Como visto, o verbo “foder” e o substantivo “rabo”, usado como sinônimo de “ânus”, são bastante frequentes na boca e nos modos da família Bolsonaro.

Por isso, antes que “fodam” ainda mais o nosso “rabo” (para ficar no linguajar da família), eu volto a implorar aos demais Poderes constituídos que deem um basta nessa gente.

Ou há alguma dúvida de que, permitindo que continuem (des)governando o País, só teremos ainda mais pobreza e doença, e que isso ”pode acarretar a morte de muitas pessoas”?