Um dia após participar de uma aglomeração com apoiadores, o até então presidente da República, Jair Bolsonaro (PL) teria solicitado sigilo sobre um exame de Covid-19, isso em 2021. É o que revelam as conversas obtidas pela Folha de S.Paulo e divulgadas nesta quarta-feira (17).

As mensagens foram trocadas por dois assessores do gabinete presidencial. Elas relatam que o então presidente apresentou sintomas de Covid na noite de 15 de maio de 2021, mesmo dia em que esteve em uma aglomeração, e sem máscara, na capital federal.

No dia seguinte, Mauro Cid, ajudante de ordens de Bolsonaro, chegou a afirmar que “ele (o ex-presidente) está com o pulmão 10% comprometido” e que dormiu bem e com Oxigenação 97. E que o médico da presidência, à época, Marcelo Zeitoune, “acha que é Covid”, mas Bolsonaro não quis fazer o exame, completou.

As informações foram encaminhadas a Célio Faria que, na quela época, era chefe do gabinete pessoal da Presidência.

Depois de 20 minutos, Cid enviou a Célio outra mensagem, dizendo que Bolsonaro decidiu fazer o exame, mas que queria “reserva absoluta”.