O presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou nesta sexta-feira, 3, que hoje no País há não apenas os “ladrões do dinheiro”, mas a “nova classe de ladrão”, que quer roubar a liberdade do povo. “Eu peço que vocês cada vez mais se interessem por este assunto. Se precisar iremos à guerra, mas eu quero um povo ao meu lado consciente do que está fazendo e por quem está lutando”, disse o presidente durante evento de inauguração de trecho da Estrada Boiadeira (BR-487), no Paraná.

Bolsonaro voltou a defender a posse e o porte de armas e declarou que “todas as ditaduras” no mundo começaram a partir de uma campanha de desarmamento da população. “Com meu governo, a posse e o porte de arma de fogo começou a ser realidade”, disse. “Todas as ditaduras começaram com uma campanha de desarmamento do seu povo, assim foi no Chile.”

Em aceno à base fiel de eleitores, Bolsonaro voltou a se posicionar contra o aborto e ao que chama de “ideologia de gênero”. Ele disse, ainda, que não vai se aproximar do Movimento dos Sem Terra (MST), e que o movimento “praticamente voltou” para o lado do governo.

“Nós praticamente fizemos com que grande parte dos integrantes do MST voltasse para nosso lado quando começamos a titular terras. Hoje pelo menos 341 mil famílias que integravam o MST passaram para nosso lado, passaram a ser amigo do fazendeiro do lado, passaram a produzir mais”, afirmou.

O presidente também exaltou o agronegócio e disse que o Brasil garante a segurança alimentar de muitos países. “Nenhum país faz favor comprando de nós. Se não comprar de nós, não tem de quem comprar”, afirmou. “Não existem amizades entre nações, existem interesses.”

Corrupção

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Bolsonaro admitiu que pode haver corrupção em seu governo, mas descartou que ela seja “orgânica”.

“Nos afastamos da corrupção, estamos há três anos e meio sem falar disso. Sempre digo, se aparecer corrupção em nosso governo, que pode acontecer, nós ajudaremos a esclarecer os fatos”, afirmou. “Mas corrupção orgânica nunca mais”, emendou Bolsonaro, sem mencionar as suspeitas de irregularidades no Ministério da Educação, onde um gabinete paralelo de pastores atuava na liberação de recursos a prefeituras, e a investigação feita pela Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid no ano passado.


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