22/04/2022 - 8:00
O que Jair Bolsonaro, o verdugo do Planalto, tem a mostrar de positivo à população? Crescimento econômico? Pleno emprego? Baixa inflação? Melhoria na educação, saúde e segurança pública? Sucesso no combate ao coronavírus? Recuperação da imagem do País no exterior? Redução do desmatamento? Aumento de renda e de poder de consumo do trabalhador? Diminuição da insegurança alimentar? Reformas estruturantes, como as tributária, administrativa e fiscal? Privatizações? Abertura da economia? Aumento da produtividade? Desburocratização? Dólar baixo? Combustíveis baratos?
Para quaisquer das questões acima, a resposta, como todos sabem, é não. Um sonoro e retumbante não! O desgoverno do amigão do Queiroz não consegue apresentar um único dado positivo, um único feito socioeconômico, uma única evolução institucional. Jamais, em tempo algum, incluindo o recente desastre econômico de Dilma Rousseff, que levou o Brasil à maior recessão de um país ‘não em guerra’ na história moderna mundial, conseguiu ser pior do que essa conjunção de ineficiência, burrice, tirania, desprezo pela democracia, desrespeito humano, enfim, que representa o bolsonarismo.
Daí, não surpreende que, a cada dia, o sociopata que ocupa o Palácio do Planalto invente um factóide político, ou ameaça institucional, a fim de mobilizar e manter aguerrida a massa bovina de fascistóides brancos, de meia-idade, classe média, notadamente na internet, que o apoia e o mantém como um dos favoritos na eleição de outubro-novembro próximos. Sem sua manada bucéfala – na sociedade e na política -, o marido da receptora de 90 mil reais em cheques de milicianos já era, ou melhor, já estaria relegado ao que sempre foi: um insignificante e obscuro deputado do baixíssimo clero.
O devoto da cloroquina atenta contra o Estado Democrático de Direito desde os primeiros dias no Poder. Já pregou o fechamento do Congresso e do STF. Já vociferou contra o sistema eleitoral e o TSE. Já tentou arregimentar os militares e a população com vias a um golpe de Estado. Já financiou – e foi financiado – grupos virtuais de disseminação de notícias falsas e ataques contra opositores. Já protagonizou e incentivou violência física contra jornalistas e veículos de imprensa. Por fim, resolveu, literalmente, comprar o centrão, via orçamento secreto, para garantir o mandato e a própria liberdade.
O mais recente episódio, envolvendo a ‘graça’ para a liberdade de Daniel Silveira, um criminoso condenado a mais de oito anos de prisão pelo Supremo Tribunal Federal, através de decreto presidencial publicado às pressas nesta quinta-feira (21), antes mesmo do chamado ‘trânsito em julgado’, já que cabe recurso da decisão por 10 x 1 contra o arruaceiro-golpista-bolsonarista, apenas soma-se a todos os demais listados acima, e evidencia ainda mais o ‘animus’ autocrata do patriarca do clã das rachadinhas. Se alguém ainda tinha dúvidas do que é e de quem é este sujeito, eis aí mais uma resposta.
Jair Bolsonaro, o maníaco do tratamento precoce, recentemente prestou solidariedade e apoio ao carniceiro russo, Vladimir Putin. Dias atrás, novamente, enalteceu e rendeu homenagem a um dos mais cruéis torturadores da ditadura.
Anteriormente, condecorou um assassino de aluguel, morto em uma operação policial na Bahia. Declaradamente, é amigo de décadas de um assumido operador de rachadinhas, ligado às milícias cariocas. Diante disso, por que não agraciar com indulto um simples apologista da violência e do AI-5, não é mesmo? Jair Bolsonaro pode ser acusado de tudo, menos de ser incoerente.