Comparar pessoas a doenças – a um câncer, especificamente – sempre soa muito duro e cruel, inadequado até. Mas é da minha natureza ser assim com quem merece. Da mesma forma que sou o extremo oposto com quem também merece.

Jair Bolsonaro, o verdugo do Planalto, é um sujeito incompatível com a dignidade humana. As coisas que disse e que fez provam que estou certo em minhas ácidas palavras. Aliás, eu diria que ele é incompatível com a vida em sociedade, isso sim.

Comparar negros a animais de corte, desejar a morte de homossexuais e de petistas, assumir “um clima” em relação a uma adolescente menor de idade, fazer troça da dor dos enlutados pela covid, ajudar o vírus a matar são algumas das minhas razões.

Atentar contra a democracia, agredir diariamente jornalistas e profissionais da comunicação, estimular violência física contra agentes dos demais poderes, idolatrar terroristas e torturadores e condecorar assassinos de aluguel, somam-se aos fatos narrados acima.

Sim, é verdade, o mito desmitificou a si mesmo. Porém, deixou, além de sequelas incuráveis na sociedade, milhões de células (literalmente) cancerígenas; tentáculos sob a forma de metástases bolsonaristas – termo maldito que veio para ficar.

O patriarca do clã das rachadinhas se foi, já era. A chance de se tornar, no mínimo, inelegível é gigante, e se dermos sorte será preso por seus inúmeros crimes. Mas o que fazer com os zumbis que até hoje aboletam-se às portas dos quartéis?

O que fazer com os Nikolas e Damares à solta pelos corredores do Congresso Nacional? E com os tios e tias do zap e com os véios e véias da Havan? Sim, porque essa gente não irá parar com a pregação autoritária, homofóbica, preconceituosa, racista e golpista.

Já temos vacinas eficazes contra a covid, medicamentos cada vez melhores contra doenças neurológicas e até mesmo contra variantes de tumores malignos. Precisamos, contudo, urgentemente, de drogas contra o câncer do bolsonarismo extremo.

Os animais que saíram dos armários da intolerância, da truculência e do ódio contra as minorias e os “diferentes” precisam voltar para a jaula; ou ser contidos em suas palavras e atitudes. Se tem uma coisa em que aposto, com o fim desse desgoverno, é que “a chinela (da lei) vai cantar”. E alto. Dá-lhe, Xandão!