Manezão, ou Manézão, como queiram, é uma gíria extremamente popular em todo o Brasil. Chamar alguém de Mané, pouco importa se no Oiapoque ou Chuí, jamais será um elogio, mas sempre compreendido.

Recorri ao “pai dos burros” da atualidade, antigamente os dicionários, o Google, essa magnífica onipresente autoridade, para me auxiliar na melhor definição: “Quem é autoritário. Quem atua desordenadamente. Quem dá ordens de maneira arrogante. Quem é pouco inteligente. Quem é fácil de ser manejado. Gaiato”. Mais Bolsonaro que isso, impossível.

Após a enxurrada de notícias sobre joias, hackers e tudo mais envolvendo Jair Bolsonaro nestes últimos dias, me veio à cabeça o pensamento: é mesmo um Manezão. Daí o título desta coluna. É impressionante a constatação fática daquilo que muitos já sabiam: o Brasil esteve nas mãos de Manés.

Rachadinhas, mansões milionárias compradas com panetones de chocolate e muito dinheiro vivo, cloroquina, Queiroz, Micheques, joias contrabandeadas, bens do patrimônio da União surrupiados, leite condensado superfaturado, motociatas no cartão corporativo. Meu Deus!

Paradoxalmente, o lado positivo: estivéssemos nas mãos de “não Manés”, talvez uma ditadura vigisse no País. Como são incapazes, inclusive de roubar sem deixar rastros (e-mails excluídos, mas não eliminados da lixeira; mensagens apagadas, mas não eliminadas da nuvem; fotografias de bens roubados, mostrando o reflexo do criminoso etc.), o “górpi faiô”.

Bolsonaro é um Manezão. Sempre foi. Presidente ocasional, em algum tempo futuro – espero não muito distante -, um presidiário regular. Do tipo que traficará cigarros e smartphones, usando como mulas os Wasseffs e Cids da vida. Jogará porrinha (e roubará nos palitinhos), contará piadas idiotas sobre gays e negros e passará (verdadeiramente) frango com farofa na cara.

Fico imaginando, inclusive, se fará jus ao bordão: imbrochável, incomível, imorrível. Dos três autoproclamados atributos, torço apenas para que não morra, se é que me entendem.