Não passa um dia sem que Bolsonaro consiga bater mais um recorde negativo. Indicadores sociais que evoluíam em um passado recente agora são estraçalhados pelo governo. O último é o salário mínimo. Pelos cálculos da corretora de valores Tullett Prebon Brasil, Bolsonaro será o primeiro presidente, desde o início do Plano Real, em 1994, que vai entregar para a população uma salário mínimo menor do que quando assumiu. De acordo com os números da corretora, a desvalorização será de 1,7%, isso se a inflação não subir acima do previsto no Boletim Focus do Banco Central. Entre dezembro de 2018 e dezembro de 2022, o período do seu governo, o salário base da economia cairá de R$ 1.213,84 para R$ 1,193,37.

O ministro Paulo Guedes atribui à Covid-19 e à guerra a desvalorização do salário mínimo e tenta diminuir sua responsabilidade direta sobre o problema. Mas raros países estão enfrentando uma inflação de dois dígitos. A crise no Brasil é pior do que em outros lugares e o empobrecimento da população é cada vez mais visível. Enquanto perde renda, o brasileiro vê os preços de alimentos e outros gêneros de primeira necessidade subindo de forma acelerada. E o governo não é capaz de tomar medidas anticíclicas que diminuam a carestia e reduzam os preços de produtos básicos.

Restam poucas dúvidas de que nos últimos quatro anos o Brasil se tornou um país pior, com menos educação, menos saúde, menos dinheiro e mais pobre, graças ao presidente, que adota uma estratégia de terra arrasada, destruindo conquistas sociais e políticas públicas e ignorando as demandas da população. Atualmente, o que cresce no País é o desemprego, a desigualdade, o desmatamento e a fome. E a tristeza. Bolsonaro tem o dom da destruição. O que ele toca, invariavelmente, piora.