Criticado em blocos de carnaval Brasil afora, o presidente Jair Bolsonaro reagiu e usou o Twitter para postar um vídeo escatológico para associar as festividades de rua à obscenidade. As imagens, feitas em um bloco de carnaval em São Paulo, mostram um homem colocando o dedo no ânus e depois se abaixando para outro indivíduo urinar em sua cabeça.

https://twitter.com/jairbolsonaro/status/1103069837876711425

“Não me sinto confortável em mostrar, mas temos que expor a verdade para a população ter conhecimento e sempre tomar suas prioridades. É isto que tem virado muitos blocos de rua no carnaval brasileiro. Comentem e tirem suas conslusões [conclusões]”, escreveu Bolsonaro no Twitter.

Segundo a Folha de S. Paulo, o vídeo é de um bloco chamado “Blocu”, que desfilou na última segunda-feira (4), no centro de São Paulo. Após mais de 12 horas de sua publicação, a postagem continuava disponível para os 3,45 milhões de seguidores do presidente na rede social.

Os blocos pelo país foram marcados pelos protestos contra Bolsonaro, xingado por foliões em diversas cidades. Além disso, muitas fantasias ironizaram as supostas candidaturas laranjas do PSL e a relação da família Bolsonaro com Fabrício Queiroz.

No célebre carnaval de Olinda, o boneco do presidente da República foi hostilizado pelo público e alvo de latas de cerveja, apesar de também ter recebido aplausos.

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Bolsonaro ainda criticou “dois famosos” que, segundo ele, acusam o governo de querer acabar com o carnaval, em referência a Caetano Veloso e Daniela Mercury. Na música “Proibido o carnaval”, os artistas defendem a liberdade sexual, ironizam a ministra dos Direitos Humanos, Damares Alves, e demonstram apoio ao ex-deputado Jean Wyllys, que se autoexilou na Europa devido a ameaças de morte.

“Dois ‘famosos’ acusam o Governo Jair Bolsonaro de querer acabar com o Carnaval. A verdade é outra: esse tipo de ‘artista’ não mais se locupletará da Lei Rouanet”, escreveu o presidente no Twitter, ao publicar o vídeo de uma marchinha pró-governo.

(ANSA)


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