A Polícia Federal (PF) encontrou no celular de Jair Bolsonaro mensagens em que ele planeja pedir asilo político para o presidente argentino Javier Milei.
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O ex-presidente e o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) foram indiciados nesta quarta-feira, 20, por tentativa de obstrução de Justiça no processo que investiga a trama de um golpe de Estado.
“De início, devo dizer que sou, em meu país de origem, perseguido por motivos e por delitos essencialmente políticos. No âmbito de tal perseguição, recentemente, fui alvo de diversas medidas cautelares”, diz o rascunho da carta.
Segundo a PF, embora se trate de um documento sem data e assinatura, revela que o réu “planejou atos para fugir do país, com o objetivo de impedir a aplicação de lei penal”.
O indiciamento dos Bolsonaro
O ex-presidente e seu filho foram indiciados em um inquérito que apura a atuação de ambos para obstruir a Justiça na investigação de uma suposta tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022, pela qual Jair é réu no STF e pode ser condenado a até 43 anos de prisão. Ambos foram indiciados por coação no curso do processo e tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito.
O inquérito investiga a ida de Eduardo para os Estados Unidos, em março de 2025, com o objetivo declarado de articular reações da Casa Branca à atuação do ministro Alexandre de Moraes, relator dos processos contra o pai na corte.
Desde que o deputado licenciado está em solo americano, o presidente Donald Trump impôs tarifas de 50% sobre os produtos brasileiros enviados ao país, revogou vistos de Moraes e aliados e enquadrou o magistrado na Lei Magnitsky. O ex-presidente entrou no processo após financiar a ida do filho para o exterior.