Os estados precisam trabalhar em parceria com o governo federal na aprovação de reformas econômicas, disse hoje (14) o presidente eleito Jair Bolsonaro. Ele confirmou que o futuro ministro da Economia, Paulo Guedes, discutirá com os governadores uma possível renegociação da dívida dos estados, mas o presidente eleito pediu empenho dos governos locais em medidas que facilitem a superação de crises fiscais.

“[O pedido de uma nova renegociação da dívida dos estados] foi tratado na reunião de hoje com os governadores. [O futuro ministro] Paulo Guedes vai negociar isso aí. Falei com os governadores que eles têm problemas. Também falamos que nós também, governo federal, temos. Agora, se nós juntos trabalharmos para fazermos algumas reformas razoáveis, acho que nós temos como tirar o Brasil e os estados da situação econômica complicada em que se encontram”, disse Bolsonaro.

O governador eleito de São Paulo, João Doria, o presidente eleito Jair Bolsonaro, e o governador eleito do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, participam de Fórum de Governadores eleitos e reeleitos, em Brasília.

O governador eleito de São Paulo, João Doria, o presidente eleito Jair Bolsonaro, e o governador eleito do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, participam de Fórum de Governadores eleitos e reeleitos, em Brasília – Marcelo Camargo/Agência Brasil

O presidente eleito fez a declaração logo depois de apresentar o futuro ministro das Relações Exteriores, embaixador Ernesto Araújo.  Mais cedo, em encontro com os governadores eleitos de 19 estados e do Distrito Federal, Bolsonaro tinha proposto aos governadores um pacto a favor do Brasil, no esforço de buscar soluções para os problemas e contribuir na administração das dificuldades. Ele, no entanto, não detalhou que medidas seriam essas.

Um aceno do presidente eleito, com a promessa de dividir com os estados a verba da cessão onerosa do petróleo da camada pré-sal, agradou aos governadores. Os governadores pediram ainda que a proposta em tramitação na Câmara dos Deputados que autoriza a securitização, permitindo aos estados venderem, no mercado financeiro, créditos que têm a receber dos contribuintes, e a liberação de recursos para os estados do Programa Especial de Recuperação Fiscal, também conhecido como Refis.

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