 "SERGIO LIMA / AFP")
A defesa de Jair Bolsonaro (PL) pediu ao STF (Supremo Tribunal Federal) autorização para que o ex-presidente, em prisão domiciliar desde agosto, receba as visitas do presidente de seu partido, Valdemar Costa Neto, do líder do PL na Câmara, Sóstenes Cavalcante, do senador Márcio Bittar e do vereador Gilson Machado (PL-PE), filho do ex-ministro do Turismo homônimo.
Condenado a 27 anos e três meses de prisão por uma tentativa de golpe de Estado, o ex-mandatário cumpre a cautelar por outro inquérito, em que foi incluído pelo ministro Alexandre de Moraes por suspeita de atuar contra a soberania nacional ao lado do filho, o deputado licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), nos EUA desde março.
O argumento dos advogados é de que os encontros seriam do âmbito particular e político, por “necessidade de diálogo pessoal com o peticionante [Bolsonaro]”. A autorização ou recusa cabe ao próprio Moraes.
Situação de Bolsonaro e visita de Tarcísio
Governador e ex-presidente se cumprimentam em Brasília 29/09/2025
Bolsonaro está preso em sua casa no bairro do Jardim Botânico, região nobre de Brasília, onde usa tornozeleira eletrônica e está proibido de acessas as redes sociais.
Em setembro, foi condenado ao lado de sete réus por tramar um golpe de Estado para impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A determinação para o cumprimento da pena, em regime fechado ou em domicílio, ainda será expedida pelo Supremo.
Na última segunda-feira, 29, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), visitou o ex-presidente em meio à incerteza quanto à possibilidade de representá-lo na eleição presidencial de 2026. O encontro também contou com a presença do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ). Foi a primeira vez que o governador o visitou após a condenação do ex-mandatário.