O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) pediu ao general Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira, comandante do Exército Brasileiro, que não puna Eduardo Pazuello, ex-ministro da saúde, por participar de um ato pró-governo no Rio de Janeiro no último dia 23.

Segundo apurou a Folha de S. Paulo, Bolsonaro falou com o general em São Gabriel da Cachoeira (AM), viagem feita por ambos para inaugurar uma ponte de menos de 20 metros. Como Pazuello é geral da ativa e Paulo Sérgio seu superior, o pedido do presidente aumenta ainda mais a crise entre o Planalto e as Forças Armadas.

O pedido aconteceu porque Pazuello participou de um evento de motociclistas com Bolsonaro e subiu ao palanque para dar apoio ao presidente, sem usar máscaras. Como não faz mais parte do governo, Pazuello foi incorporado a um cargo burocrático na Secretaria-Geral do Exército e, por isso, não poderia ter ido à manifestação.

O comandante do Exército tem uma semana para decidir se punirá ou não Pazuello. Se ele não seguir Bolsonaro, disseram os aliados à Folha, isso será visto como uma renúncia. Já os militares de cúpula mais otimistas acreditam em uma saída na qual Bolsonaro irá recuar ante uma punição mais branda de Pazuello.