Quinta-feira passada foi 1º de abril, o dia da mentira. Deveria se chamar Bolsonaro Day. E o devoto da cloroquina não perdeu a oportunidade de mentir. Aliás, não há dia que não seja 1º de abril para Jair Bolsonaro. Ele é um mitômano convicto.

Eu tenho defendido, há meses, que o maníaco do tratamento precoce deveria ser impedido de se vacinar até que o último brasileiro, no mais longínquo e precário rincão do País, fosse imunizado. Seria o mínimo de justiça e de justeza, afinal.

Pois bem. Numa atitude surpreendente para uma pulha como é o marido da receptora de cheques de milicianos, ele anunciou, no Bolsonaro Day: “Quando o último brasileiro for vacinado, eu vou decidir se me vacino ou não”.

Bem, seria o mínimo de se esperar de um negacionista feroz, que desdenhou da pandemia e fez tudo o que pôde para disseminar o vírus, inclusive pregar contra as vacinas e boicotar ao máximo sua importação, fabricação, distribuição e aplicação.

Porém, Bolsonaro é Bolsonaro, e menos de dois dias depois, o sócio do coronavírus mandou avisar ao Ministério da Saúde que irá se vacinar neste sábado, 3 de abril, data em que o DF (Distrito Federal) iniciará a imunização de quem tem 66 anos.

Como diz o “meme” que corre por aí: para vocês, cloroquina; para mim, vacina. Ele e sua família pregam a desgraça para os outros, mas para o clã, apenas o que há de bom e do melhor. Que diga a esposa do Flávio ‘Rachid’ Bolsonaro, dentista, jovem e… vacinada!