Por Maria Carolina Marcello

BRASÍLIA (Reuters) – O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP), afirmou nesta quinta-feira, ao comentar sua posição favorável à privatização da Petrobras, que o presidente e candidato à reeleição Jair Bolsonaro (PL) não tem a intenção de agir nessa direção, indicando que o tema deve ser deixado de lado, ao menos por ora.

“A Petrobras teria que ter, para ser empresa pública, uma ação social mais presente, ela já não tem, teria que ter investimentos no Brasil, ela já não tem”, disse o presidente da Câmara, que é aliado de Bolsonaro, em discurso durante evento do BTG Pactual. “A gente tem que ajustar essas situações.”

Ao reafimar sua defesa pessoal da privatização da estatal, Lira pontuou, no entanto, que “nem o presidente quer mexer nesse tema”.

Lira também aproveitou para defender a desvinculação e a desindexação do Orçamento de forma a permitir maior flexibilidade, sem a necessidade de mexer no teto de gastos.

Questionado, Lira negou ainda que o reajuste de servidores –recente promessa de Bolsonaro se for reeleito– seja uma “pauta bomba”, como são chamados projetos com impacto fiscal, e ponderou que é uma questão “acumulada”.

O deputado afirmou que há espaço fiscal para atender à pressão do funcionalismo, assim como à proposta de reajuste dos ministros e servidores do Poder Judiciário, mas acrescentou que o tema terá de ser “bastante” debatido no Parlamento.

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