29/10/2022 - 14:53
Já vou logo avisando. Não sou petista, comunista ou adesista. Sou um brasileiro classe média, pagador de impostos extorsivos, enojado com o embate religioso entre católicos versus evangélicos e entre o “nós e eles”, que culmina no velho Fla X Flu da política brasileira dos últimos anos e que tem nos levado a uma luta fratricida entre o “bem e o mal”.
Em síntese. Confesso estar atordoado com a profusão de fake news nesta campanha eleitoral e de estômago virado com tantas sandices elencadas na reta final desta disputa eleitoral para presidente. Pelo baixo nível do debate entre Lula e Bolsonaro, como o realizado nesta sexta-feira na Globo, assim como o de alguns dias atrás na Band, chego à conclusão de que nenhum dos dois está à altura de um estadista necessário para pacificar o País.
Mas, pelo o que ambos representam e, pelas companhias que cada um traz consigo, teremos que optar por escolher, neste domingo, 30, um dos dois, ou o menos pior entre eles. E nessa escolha de Sofia só não temos o direito de errar novamente, escolhendo Bolsonaro outra vez. Bolsonaro nunca mais. Por todas as insanidades que ele já fez nestes quatro anos de governo, pela desconstrução do Brasil, pelo caos na Saúde, na Educação e pelo isolamento do País em relação ao resto do mundo, temos que ter consciência de que Bolsonaro não.
Lula é a opção que nos restou depois do fracasso das candidaturas do centro democrático. Na verdade, desde o início da campanha eleitoral, e também no período da pré-campanha, ainda no ano passado, o eleitor queria ou Lula ou Bolsonaro. Foi uma eleição plebiscitária. Um comparativo do que Lula fez quando foi presidente de 2003 a 2010 com o que Bolsonaro fez (ou desfez) de 2019 até agora,
E na comparação entre um e outro, o petista vence de lavada em todos os quesitos que se for esmiuçar, mas é evidente que Lula é, sem sombra de dúvida, o melhor presidente para o País neste momento em que Bolsonaro ameaça as instituições, planeja um retrocesso em nossa democracia e coloca em risco os avanços democráticos que tivemos com a Constituição de 1988.
E não é só porque Lula tem as melhores soluções para resolver o problema da fome dos miseráveis, estabilizar a economia e fazê-la crescer, como fez nos dois primeiros mandatos. É porque o bolsonarismo praticamente destruiu tudo o que tínhamos de melhor. Éramos a sexta economia e hoje somos a 12ª, E, pior, a turma do capitão e sua bancada de extrema direita, unida a seus seguidores ensandecidos, já deu demonstrações inequívocas de que está despreparada para permanecer no poder. O Brasil não aguenta mais quatro anos de Bolsonaro e de Guedes.